sábado, 31 de dezembro de 2016

No AP, donos de cães contam como acalmam animais na queima de fogos

Cães, fogos de artifício, réveillon, ano novo, cuidados, pets, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Estudante vai passar o réveillon com os 3 cães da casa (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

A queima de fogos de artifício durante o réveillon é o que, para muitas pessoas, não pode faltar na recepção do novo ano. Mas o barulho dos explosivos provoca medo e agitação nos cães. Amapaenses contaram ao G1 o que fazem para acalmar os animais na virada de ano, e evitar ataques e casos de mortes em decorrência dos shows pirotécnicos.

Cães, fogos de artifício, réveillon, ano novo, cuidados, pets, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Shakira (ao centro) não tem medo dos fogos; Shake
fica eufórico (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

A estudante Gabriele Nascimento, de 26 anos, tem 3 cachorros em casa: o Shake, de 5 anos; a Shakira, de 3 anos; e filhote dos dois, Bruce, de 1 ano. Segundo ela, os machos ficam muito eufóricos. Por outro lado, a Shakira encara o barulhos dos fogos com naturalidade.

“A Shakira não tem medo de fogos de artifício. Ela é mais tranquila, fica mais atenta, mas não late, não fica tão agitada quanto eles. O Bruce e o Shake ficam muito eufóricos e latem demais. Toda vez que tem datas comemorativas e jogos, a gente já fica atento”, contou Gabriele.

Entre as medidas que a família adota para acalmar os bichos, a estudante conta que não deixa os cães soltos no quintal. Dez minutos antes da virada, ela fica em casa com os animais, com portas e janelas fechadas, para evitar fuga decorrida do susto com os fogos. Ela também aumenta o som da TV, para que eles se acostumem com o barulho e não se assustem com os fogos.

Cães, fogos de artifício, réveillon, ano novo, cuidados, pets, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Bruce, o mais novo da casa, late muito e fica com
medo dos fogos (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

Integrante de uma Organização Não-Governamental (ONG) de resgate de animais, Gabriele deu outras dicas para acalmar os cães no momento da queima dos fogos. É importante, segundo ela, tratar os animais normalmente, brincando, para evitar gerar o medo. Além disso, não é bom deixá-los acorrentados no quintal da casa.

Outra medida que deve ser evitada é abraçar o cachorro quando ele está com medo, porque ele pode reagir de forma desagradável, usando o instinto e pode morder para se defender. E o mais importante, não os levar para onde haverá queima de fogos.

“Dá trabalho, às vezes é chato, mas se você se propôs a ter um cão, você precisa fazer coisas para que o cachorro tenha uma boa qualidade de vida. Perder um animal que você gosta é uma coisa muito ruim. Para que uma data que é para ser uma coisa boa não vire um dia ruim, é bom a gente ter essa precaução”, comentou Gabriele, que não usa medicamentos com os três cachorros.

Cães, fogos de artifício, réveillon, ano novo, cuidados, pets, (Foto: Juliana Ribeiro/Arquivo Pessoal)Cristal (acima à dir.) fica dentro de casa na hora da virada; Marley (abaixo à dir.) toma chá de camomila para enfrentar fogos; os outros cães de Juliana também ficam assustados (Foto: Juliana Ribeiro/Arquivo Pessoal)

Como fica muito hiperativo e agitado, o cão mais novo da gerente Juliana Ribeiro, de 31 anos, o Marley, de 2 anos, toma chá de camomila antes da virada. A bebida, recomendada pelo veterinário, segundo Juliana, ajuda a acalmar o animal. Além dele, a família também se preocupa com o cão mais idoso da casa, Cristal, de 12 anos.

“A preocupação maior é com a mais idosa, porque, além da idade, ela tem pressão alta, é cardiopata, e, às vezes, em situações de estresse como essa, ela tem crises convulsivas. Então a gente sempre procura ter um membro da família por perto, com ela dentro da sala, que ela já fica um pouco mais calma”, disse Juliana.

Outras duas cadelas, que se dão bem, ficam juntas e mais calmas durante a queima de fogos, segundo a gerente. Ela conta que a quinta cadela fica com medo e se sente mais segura quando se esconde debaixo de algum móvel ou árvore.

Vira-lata Mel, morreu aos 11 meses (Foto: Reprodução/Facebook)Vira-lata Mel morreu após se assustar com fogos
no Natal de 2014 (Foto: Reprodução/Facebook)

Apesar dos cuidados, os donos de cães pedem para que não sejam explodidos os fogos de artifício, porque provocam sérias reações. Entre as principais, estão os ataques do coração, epilético e o nervoso.

A cadela Fadinha, da professora Karla Figueredo, de 26 anos, teve um ataque cardíaco com fogos na madrugada de domingo (25). Ela morreu após ter convulsões.

“Ela era uma cachorra que ficava muito agitada em relação a qualquer barulho, mas em relação aos fogos só piorava porque acabava dando convulsões nela. Sempre tinha minha mãe do lado dela para ajudar, mas nesse dia 25 ela ficou só em casa. Eu saí com aquilo em mente de que algo ia acontecer. Quando a minha mãe chegou em casa, 1 hora depois dos fogos, ela já tinha falecido”, contou Karla.

No Natal de 2014, a cadela vira-lata Mel, de 11 meses, morreu em decorrência das explosões dos fogos. Ela estava amarrada em uma coleira na sacada da casa, que tem dois andares, se assustou com o barulho, se jogou e morreu enforcada.

Cães, fogos de artifício, réveillon, ano novo, cuidados, pets, (Foto: Gabriele Nascimento/Arquivo Pessoal)Donos de animais pedem que fogos não sejam explodidos (Foto: Gabriele Nascimento/Arquivo Pessoal)

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