sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Sem prazo, AP espera estabilidade para pagar salário integral, diz Waldez

Waldez Góes, governador do Amapá pelo PDT (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)Waldez Góes, governador do Amapá pelo PDT (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)

O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), disse nesta sexta-feira (30) em entrevista ao Bom dia Amazônia, da Rede Amazônica, que o retorno do pagamento integral ao servidor público ocorrerá somente quando o Amapá tiver estabilidade econômica suficiente, o que ainda não há previsão.

A manutenção do parcelamento dos salários dos servidores públicos ocorre em razão das condições financeiras atuais do governo. Desde março de 2016, os trabalhadores recebem em duas parcelas, sendo a primeira, de 60%, no último dia útil do mês e o restante dez dias depois.

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AMAPÁ EM CRISE
Queda nas receitas afeta finanças

"Pagamos o 13º salário integral e mantemos o parcelamento por questão de responsabilidade. Não podemos mudar essa regra enquanto o estado não tiver totais condições de fazer. Criamos o fundo para estabilização e na hora que tivermos o valor que consideramos suficiente, voltaremos a pagar em dia dentro do mês, sem maior possibilidade de atraso", afirmou.

Em meio a crise vivida pelo estado com queda de arrecadação e aumento da dívida de empréstimos com bancos públicos, o Amapá foi autorizado pelos deputados estaduais a celebrar a contratação de mais R$ 300 milhões com a Caixa Econômica Federal (CEF).

Para Waldez, apesar de o Amapá estar cercado de dívidas, o empréstimo é considerado "viável" em razão da possibilidade da liberação de recursos parados que dependem de contrapartidas do governo e prefeituras.

A proposta é destinar pelo menos R$ 55 milhões do valor emprestado para os municípios a fim de que eles consigam liberar recursos.

"É viável [o empréstimo]. Eu poderia fazer a opção de emprestar para pagar dívidas. (...) Mas na Caixa existem quase R$ 500 milhões de emendas parlamentares, recursos federais e doações voluntárias para os 16 municípios e o Estado sem aplicação por falta de contrapartida. Acessaremos esses valores e colocaremos como prioridade R$ 55 milhões para contrapartida para liberar o que está lá", explicou.

A expectativa é de liberar recursos próximos a cifra de R$ 800 milhões com as contrapartidas.

"[Os recursos] são basicamente para infraestrutura e investimentos. O que significa isso? O governo do estado, por exemplo, nos dois últimos anos não tinha R$ 60 milhões para investimentos. Se eu acesso R$ 300 milhões e ajudo a liberar R$ 500 milhões, podemos ter nos próximos anos em investimentos dos municípios e o Estado de cerca de R$ 800 milhões", exemplificou.

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