segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Custo por aluno do ensino integral será de R$ 4 mil por ano, diz governo

Colégio Amapaense, escola em tempo intergral, metodologia de ensino, Macapá, Amapá (Foto: Jorge Abreu/G1)Colégio Amapaense foi selecionada para ter o
ensino em tempo intergral (Foto: Jorge Abreu/G1)

Com oferta de 1.325 vagas para o primeiro ano do ensino médio em tempo integral a partir de 2017, a Secretaria de Estado de Educação (Seed) calcula que cada aluno dessa modalidade de ensino deverá custar R$ 4 mil ao ano. Metade do investimento será mantido pelo governo do Amapá e a outra pelo Governo Federal.

De acordo com a secretária de Educação, Goreth Sousa, oito escolas do estado foram selecionadas pelo Ministério da Educação (MEC) por atenderem exigências estruturais do edital e as necessidades da demanda de ensino. Apesar de a nova modalidade de ensino enfrentar duras críticas de professores e alunos, o governo descartou qualquer possibilidade de adiar a implantação do projeto.

Em Macapá, foram escolhidas as escolas Maria do Carmo Viana, José Firmo, Tiradentes, Colégio Amapaense e Raimunda Virgulino. As demais, em Santana, são o colégio Alberto Santos Dumont, Augusto Antunes e Elizabeth Picanço Esteves.

“Esse é um projeto que vem sendo avaliado pela equipe técnica da secretaria há seis meses. Não decidimos a implantação do dia para noite. Nós fizemos uma avaliação e submetemos ao MEC, que conhece a estrutura física das escolas e do que precisamos para alterar e melhorar. O nosso trabalho está sendo acompanhado”, reforçou.

Secretária Goreth Sousa, Seed, Amapá, Macapá (Foto: Jorge Abreu/G1)Secretária estadual de educação Goreth Sousa
(Foto: Jorge Abreu/G1)

Entre as exigências do edital, a escola deve ter laboratórios, salas grandes e climatizadas, corredores, banheiros, vestiários, refeitórios, quadra esportiva, ambiente de lazer e auditórios. Os alunos terão o direito a três refeições por dia, nos intervalos de aulas. 

O período de pré-matrícula vai de 24 a 27 de janeiro, pela internet, e a confirmação deve ser realizada nas unidades escolares entre 30 de janeiro e 3 de fevereiro.

Com a confirmação de implantação da escola em tempo integral, uma série de protestos de profissionais da educação e estudantes passaram a ser realizados para chamar atenção sobre a estrutura atual dos prédios escolares selecionados. Alunos da escola Tiradentes chegaram a postar fotos, que viralizaram na internet, em espaços considerado por eles em estados críticos e com cartazes de alerta.

A Seed destacou que as escolas já recebem obras de manutenção e ampliação de salas, além da construção de novos laboratórios. O trabalho é em caráter emergencial e o recurso destinado ao investimento seria de cerca de R$ 9 milhões, de acordo com a secretaria.

Para a secretária, as manifestações contrárias ao projeto apresentam uma inversão de valores na educação. Ela ressalta que está cumprindo uma obrigação e que a escola em tempo integral deve ser implantada como previsto no Plano Nacional de Educação.

A Seed informou que a meta da educação é de que até 2025 o Amapá tenha 50% de escolas públicas em tempo integral.

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