Empresas da Zona da Mata e do Campos das Vertentes anunciaram 5.374 vagas de emprego em 2016 nos postos do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e pelo portal JFEmpregos. Só no portal exclusivo para Juiz de Fora, foram 4.530 oportunidades anunciadas, com uma média de 35% de preenchimento. Já nos Sines de Muriaé, Barbacena e Ubá, 46,7% das vagas foram ocupadas. Especialista em Recursos Humanos orienta candidatos a conseguirem uma colocação no mercado de trabalho.
| Balanço 2016 | |
|---|---|
| Muriaé | |
| Vagas | Preenchidas |
| 525 | 237 |
| Barbacena | |
| Vagas | Preenchidas |
| 254 | 115 |
| Ubá | |
| Vagas | Preenchidas |
| 65 | 42 |
De acordo com levantamento da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese), responsável pelo Sine, houve mudanças no perfil das vagas ofertadas pelos empregadores. Segundo a Sedese, exige-se mais qualificação dos trabalhadores e as exigências estão relacionadas ao maior número de desemprego. (Veja o número de vagas preenchidas em Barbacena, Muriaé e Ubá na tabela ao lado.)
Em 2016, o valor do salário desestimulou o interesse do trabalhador, segundo a pesquisa. Algumas vagas são oferecidas com salários inferiores ao mercado e, devido ao aumento de alguns custos, como energia elétrica e água, os empregadores diminuem o quadro de funcionários ou trocam por funcionário com salário inferior ou por estagiários, conforme apontou o levantamento.
O especialista em Recursos Humanos José Simão da Silva Júnior disse que, mesmo que algumas vagas estejam com salários inferiores ou que tenha poucas vagas oferecidas, outra dificuldade de selecionar é a qualificação do candidato.
"Atualmente muitas vagas exigem uma maior qualificação, mesmo que seja de nível médio, por exemplo, a exigência de saber usar o Pacote Office completo, principalmente o excel. Muitas pessoas têm dificuldades de usá-lo e é interessante que a pessoa procure fazer cursos básicos que o leva para o mercado de trabalho", afirmou.
Conforme a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de Juiz de Fora, o mês com maior número de anúncios no portal JFEmpregos foi agosto, com 1.859 vagas, seguido por julho, com 862. Durante o ano, 506 novas empresas e 30.128 novos profissionais se inscreveram no site.
Sines buscam novas metodologias para melhorarcenário (Foto: Jana Pessôa/Setas-MT)
Expectativa
Buscando melhorar o cenário econômico, a Sedese criou o projeto "Busca Ativa de Emprego". Ele identifica os setores econômicos que geram emprego nos municípios, por meio da análise do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e dos dados cadastrais de pessoas jurídicas contribuintes do ICMS no Estado.
O programa também aponta as empresas que atuam nos setores de geração de emprego mapeados via Caged. Até o início do ano, o Sine de Muriaé aprovou a nova metodologia e irá iniciar, em breve, o mapeamento.
O portal JFEmpregos quer intensificar as ações com dinamização dos projetos já existentes e a implantação de novos. O setor responsável ainda informou que está prevista a modernização do portal, para promover mais agilidade e facilidade por profissionais e empresas.
No portal, o candidato já consegue usar o projeto "Orientação curricular". Os usuários podem solicitar, no próprio sistema, informações e orientações para o preenchimento do currículo, aumentando as chances de participar de entrevistas. Em 2016, o portal atendeu 500 orientações.
Dicas
Segundo o especialista em Recursos Humanos, a "receita" para conseguir emprego e se capacitar é determinação, trabalho e foco. "Cada vez mais há oportunidade para se capacitar. Temos que buscar fazer cursos na área que você quer se especializar", orientou.
Na hora de procurar emprego, é preciso montar um currículo específico para a vaga. É imrpotante pesquisar sobre a empresa e entender se a oportunidade está de acordo com os objetivos e com a real capacitação.
"Quando for montar o currículo, é fundamental investir tempo para que ele saia completo. Deve ter os dados fundamentais, contatos, e-mail, explicar o que fez em cada experiência de trabalho e ramo de atuação", explicou.
Simão ainda orientou que as pessoas devem ter o currículo na forma eletrônica. "Ainda existe muitas empresas que necessitam dele em mãos de forma impressa, mas ele de forma eletrônica tem muito mais chances de ser visto e facilitar para a pessoa que está fazendo a triagem", disse.
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