A Polícia Civil de Alagoas concluiu em inquérito que a Márcia Rodrigues, filha do delegado federal Milton Omena Farias, cometeu suicídio. Ela foi achada sem vida na casa do pai em agosto do ano passado. Na última sexta-feira (27), Omena foi assassinado e o neto dele, filho de Márcia, assumiu a autoria do crime.
À polícia, o neto do delegado, identificado como Milton Omena Farias Neto, afirmou que brigou com o avô antes de cometer o crime porque queria que ele assumisse ter matado Márcia.
Os detalhes do suicídio e do assassinato foram apresentados em coletiva à imprensa na tarde desta segunda (30).
Segundo o perito, Márcia atirou contra si mesma duas vezes. "Sentada na cama do quarto onde foi encontrada, primeiro ela atirou no próprio pescoço, e depois, contra o próprio peito. Esse foi fatal, porque atingiu o coração", explica
(Foto: Derek Gustavo/G1)
O perito conta a bala do primeiro tiro ficou alojada na parede, e a segunda, no colchão. Havia outras marcas de tiro na parede do quarto, que para a perícia, foram testes que ela fez antes de se matar.
Segundo a polícia, a família de Márcia contesta a teoria de suicídio e acredita que Milton Omena foi a quem matou.
"Respeitamos a opinião da família, mas temos uma conclusão baseada em provas. Lançamos mão de diversas técnicas de investigação e essa é a convicção da comissão de delegados", disse o delegado Lucimério Campos.
Segundo a polícia, uma testemunha relatou que pouco antes do crime, Márcia e o pai estavam em um carro, na frente da casa, prestes a sair para o almoço do Dia dos Pais.
"Ela desceu do carro e disse que ia ao banheiro. O pai ficou no carro. Foi nesse momento que ela se matou. O pai percebeu a demora e foi ver o que havia acontecido. Foi quando encontrou o corpo da filha", disse o delegado.
(Foto: Reprodução/TV Gazeta)
A polícia explica que o pai não ouviu os tiros. "É possível que ele realmente não tenha ouvido, pois estava dentro do carro, com rádio, celular ligados. A garagem também fica distante da casa", ressaltou o delegado.
Em relação ao assassinato do delegado, a polícia conta que o suspeito deu um mata-leão no avô, pegou uma faca na mão da vítima e introduziu na mesma. Antes, ele deferiu vários socos no avô.
"Quando o policial chegou, viu Neto sentado em uma cadeira, cortado. O policial foi lá, viu o que o delegado já estava sem vida e deu voz de prisão a Neto. Estava um pouco perturbado [suspeito] e disse que o avô merecia a morte, que ele merecia morrer, pagou pelo que fez", informou o delegado.
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