A Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur) identificou outras seis vítimas do músico que foi preso na sexta-feira (13) suspeito de extorquir e manter em cárcere privado uma paulista de 33 anos. Conforme a polícia, após a divulgação da imagem do homem, outras seis mulheres reconheceram o músico. A maior parte das vítimas mora em outros estados, como Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Conforme a delegada Adriana Arruda, titular da Deprotur e responsável pelas investigações, outras vítimas denunciaram o músico após a divulgação do crime na imprensa. "O modus operandi como as outras mulheres descrevem os crimes que foram vítimas coincide com a forma de agir do Jarbas", revelou a delegada.
De acordo com as investigações, o criminoso conhecia as mulheres em um site de acompanhantes e as atraía para o Ceará se passando por cliente. Elas ofereciam os serviços no site e anunciavam quando chegariam às cidades de destino. A partir dos anúncios, ele escolhia suas vítimas.
Estupro, agressão e cárcere privado
Quando elas chegavam a Fortaleza, o músico enviava um táxi para levar as vítimas até um apartamento e, após a prática sexual consentida, o homem trancava as mulheres em um quarto e as ameaçavam exigindo que elas depositassem valores em dinheiro na conta. Enquanto negociava as transações financeiras, o homem agredia e obrigava as mulheres a terem relações sexuais sem proteção.
Conforme a Polícia Civil, algumas vítimas que já prestaram depoimento confirmaram as mesmas técnicas que o criminoso utilizou para atrair a vítima de São Paulo que denunciou o homem à polícia. A delegada Adriana aguarda ainda a chegada das demais mulheres que moram em outros estados para colher os depoimentos e reunir mais provas contra o homem.
A Polícia Civil prendeu o homem no dia 13 de janeiro deste ano, após uma denúncia feita por uma das vítimas, que conseguiu identificar o local onde o criminoso levava as mulheres. No momento da prisão, o homem ainda tentou dificultar a entrada dos policiais no apartamento.
O suspeito já possui passagens na polícia pelos crimes de dano, ameaça e injúria. O suspeito foi autuado por extorsão mediante sequestro qualificado pelo tempo de duração que as vítimas ficaram reclusas (mais de 24 horas). Pelo crime, o homem pode ser condenado a uma pena de 12 a 20 anos.
A Polícia prossegue com as investigações para tentar identificar outras pessoas que podem ter colaborado com o criminoso.
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