quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Polícia identifica 7 líderes de massacre no AM; outros são investigados

Ivo Martins, delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) (Foto: Indiara Bessa/G1 AM)Ivo Martins, delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), faz parte de equipe de força-tarefa montada para identificar presos (Foto: Indiara Bessa/G1 AM)

Sete presos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) foram identificados como líderes da rebelião que resultou na morte de 56 detentos, no domingo (1º), em Manaus. A força-tarefa da Polícia Civil informou que ainda apura o nome de outros presos envolvidos no massacre. O inquérito policial deve ser concluído em 30 dias.

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REBELIÕES NO AM
Presídios tiveram 60 mortes em 24 h

Em entrevista ao G1, o delegado Ivo Martins titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) informou que já ouviu depoimento de agentes carcerários, presos e outros envolvidos na ocorrência, que apontam a liderança dos sete presos.

"Ouvimos cerca de 15 a 20 pessoas. Já temos sete nomes levantados, só que não dá para pegar tudo e atribuir a esses presos. Temos que coletar esses outros nomes", disse ele ao reforçar que todos os líderes teriam ordenado o massacre de dentro da unidade prisional.

A força-tarefa de investigação é formada por delegados de unidades especializadas e Distritos Integrados de Polícia (DIPs) e é coordenada diretamente pelos delegados Ivo Martins, Tarson Yuri e Rodrigo de Sá Barbosa, titulares, respectivamente, da  DEHS, 4ª Seccional Oeste e 20º DIP, localizado no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus, onde alguns fugitivos chegaram a ser recapturados.

Entenda o caso
O primeiro tumulto nas unidades prisionais do estado ocorreu no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), localizado no km 8 da BR-174 (Manaus-Boa Vista). Um total de 72 presos fugiu da unidade prisional na manhã de domingo (1º).

Horas mais tarde, por volta de 14h, detentos do Compaj iniciaram uma rebelião violenta na unidade, que resultou na morte de 56 presos. O massacre foi liderado por internos da facção Família do Norte (FDN).

Familiares de presos cobrem rostos e pedem informações de policiais do lado de fora do Compaj, em Manaus (Foto: Isis Capistrano / G1 AM)Familiares de presos cobrem rostos e pedem informações de policiais do lado de fora do Compaj, em Manaus (Foto: Isis Capistrano / G1 AM)

A rebelião no Compaj durou aproximadamente 17h e acabou na manhã desta segunda-feira (2). Após o fim do tumulto na unidade, o Ipat e o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) também registraram distúrbios.

No Instituto, internos fizeram um "batidão de grade", enquanto no CDPM os internos alojados em um dos pavilhões tentaram fugir, mas foram impedidos pela Polícia Militar, que reforçou a segurança na unidade.

No fim da tarde, quatro presos da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na Zona Leste de Manaus, foram mortos dentro do presídio. Segundo a SSP, não se tratou de uma rebelião, mas sim de uma ação direcionada a um grupo de presos.

Rebeliões no Amazonas (Foto: Arte/G1)

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