terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Pontos turísticos, cultura e história de Macapá inspiram negócios no AP

Produtos, inspiração, Aniversário de Macapá, Macapá, Amapá, (Foto: Yasai/Divulgação; Fabiana Figueiredo/G1; Coisas da Tica/Divulgação; Henrique Silveira/Divulgação; Fabiana Figueiredo/G1; Henrique Silveira/Divulgação)Produtos tiveram elementos de Macapá como inspiração (Foto: Yasai/Divulgação; Fabiana Figueiredo/G1; Coisas da Tica/Divulgação; Henrique Silveira/Divulgação; Fabiana Figueiredo/G1; Henrique Silveira/Divulgação)

As paisagens, pontos turísticos, expressões e cultura de Macapá não somente embelezam e contam a história da cidade, como também servem de inspiração para a produção de sucesso de negócios na capital, que completa 259 anos no sábado (4). Camisetas personalizadas, além de sorvete, quiche e pastel com ingredientes regionais conquistaram públicos no Amapá e em outros estados.

A partir desta terça-feira (31), o G1 mostra uma série de matérias que destacam a beleza e curiosidades de Macapá.

Produtos, inspiração, Aniversário de Macapá, Macapá, Amapá, camisas, Yasai, (Foto: Yasai/Divulgação)'Égua', 'Discunjuro' e 'Tamuatá' estampam as camisas mais vendidas da Yasai (Foto: Yasai/Divulgação)

Camisas que mostram Macapá
As expressões “Égua” e “Discunjuro” e o peixe regional “Tamuatá” (nome de origem tupi) estampam as camisas mais vendidas da empresa “Yasai”, do designer amapaense Eder Pimenta, de 25 anos.

“Em outros estados têm marcas que produzem elementos da cidade. Eu sentia que Macapá estava com essa necessidade, e eu sou apaixonado pela cultura do estado desde criança, lia lendas, acompanhava as músicas populares desde cedo. Dessa necessidade surgiu a Yasai, vendendo para os amigos, e foi crescendo”, comentou Pimenta.

“Discunjuro”, segundo o livro “Dicionário do Amapês”, é da frase “Te esconjuro”, significando reprovação a algo a se fazer ou já feito, também significando “Vira essa boca pra lá”. Diferente do que a maioria pensa, a expressão “Égua” não é ofensiva, e pode ser interpretada como “Deus me livre”, “Sai pra lá”, de surpresa ou exclamação.

Elementos culturais e personalidades do estado também inspiram camisas produzidas pelo designer. Os produtos da camisaria, comercializados desde 2012, podem ser encontrados em lojas de shopping e encomendados através das redes sociais.

Produtos: camisas ‘Discunjuro’, ‘Égua’ e ‘Tamuatá’
Preços: a partir de R$ 40 (cada)
Contato: (96) 98133-1482

Tica Lemos, Moda, camisas, festas de fim de ano, vendas, pinturas, Macapá, Amapá (Foto: Tica Lemos/Arquivo Pessoal)Camisas ganham estampas produzidas artesanalmente (Foto: Tica Lemos/Arquivo Pessoal)

Na loja virtual “Coisas da Tica”, a jornalista e agora artesã Tica Lemos, de 52 anos, conquista amapaenses e turistas com as camisas produzidas artesanalmente por ela. Nas estampas são reproduzidos pontos turísticos como a Fortaleza de São José e o monumento Marco Zero do Equador, letras de músicas populares e o marabaixo. Todas trazem um toque de representações de comunidades tradicionais como Maracá e Cunani.

Tica Lemos, Moda, camisas, festas de fim de ano, vendas, pinturas, Macapá, Amapá (Foto: Tica Lemos/Arquivo Pessoal)Estampa mostra Fortaleza de São José e letra da
música 'Tô em Macapá'
(Foto: Tica Lemos/Arquivo Pessoal)

“Sou apaixonada por Macapá. Ainda que a nossa cidade esteja maltratada, eu ainda consigo ver beleza nela. Eu acho que tem muito potencial, somos grandes, as pessoas são capazes, nossa cultura é riquíssima. As pessoas gostam muito das camisas, as daqui gostam de usar, e também têm dado de presente. O trabalho feito à mão também tem um charme extra”, falou Tica.

As vendas acontecem via redes sociais e pelo “Whatsapp Tucuju”, e as entregas são feitas pessoalmente ou através do serviço postal.

Produtos: camisas artesanais
Preços: de R$ 45 a R$ 50 (cada)
Contato: (96) 98127-3883

Produtos, inspiração, Aniversário de Macapá, Macapá, Amapá, charque na gengibirra, underground, (Foto: Henrique Silveira/Divulgação)Charque e gengibirra ganham versão petisco nas mãos de Callins (Foto: Henrique Silveira/Divulgação)

Petiscos regionais
A gengibirra, bebida alcoólica servida nas tradicionais festas de marabaixo, manifestação negra presente em Macapá, saiu das rodas de dança e foi incorporada ao charque frito preparado pelas mãos do empresário Tássio Callins. O G1 já mostrou que o gengibre, ingrediente principal da gengibirra, também inspirou a produção de uma cerveja artesanal no estado.

“Charque na Gengibirra” é a receita servida no bar “Underground Rock Bar” em duas versões: petisco ou pastel, sempre acompanhados de uma boa dose da bebida original. As iguarias, que também não dispensam uma cerveja, são a nova aposta do bar, que será lançada na quarta-feira (1º).

Produtos, inspiração, Aniversário de Macapá, Macapá, Amapá, charque na gengibirra, underground, (Foto: Henrique Silveira/Divulgação)Pastel 'Charque na Gengibirra' foi produzido com opinião de clientes (Foto: Henrique Silveira/Divulgação)

“Vi que os clientes querem experimentar pratos com essa ‘vibe’ regional e fiquei perguntando ideias para eles. Primeiro, eu frito o charque, depois, adiciono a gengibirra até quase secar. Os temperos são refogados na gengibirra. O açúcar da gengibirra dá uma caramelizada de leve no charque e, para finalizar, jogo alguns cubinhos de queijo da região”, explicou Callins.

Produtos: petisco e pastel ‘Charque na Gengibirra’
Preços: R$ 26 (petisco); R$ 17 (4 unidades de pastel)
Local: Underground Clube Rock Bar (Av. 13 de Setembro, número 269 D, no bairro Trem - entre as ruas Jovino Dinoá e Odilardo Silva)
Horário de funcionamento: de quarta-feira a sábado, das 19h a 1h

Produtos, inspiração, Aniversário de Macapá, Macapá, Amapá, sorvete marabaixo, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)'Marabaixo' é versão amapaense de sorvete de castanha-do-Pará com cupuaçu (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

Sorvete amazônico
A famosa receita do sorvete que combina castanhas-do-Pará e creme de cupuaçu, que faz sucesso há quase meio século em Belém (PA), com o nome de “Carimbó”, foi adotada pelos sorveteiros amapaenses e ganhou inspiração no nome de uma dança local: o marabaixo.

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“O marabaixo é uma adaptação de uma sorveteria tradicional de Belém, que existe há muito tempo. Lá é o ‘Carimbó’, e chegando aqui no Amapá a gente trocou de nome para ‘marabaixo’, porque é a nossa cultura local. A gente resolveu fazer esse sorvete aqui, com essa mistura de ingredientes, porque temos a castanha e o cupuaçu em abundância. Somos ‘inundados’ por essa fruta”, comentou o empresário Rodrigo Marvim, de 27 anos.

Além do empreendimento de Marvim, que existe há 3 anos em Macapá, outras sorveterias também comercializam adaptações desse sorvete que combina fruto e semente encontrados em abundância na região do Norte.

Produto: Sorvete Marabaixo
Preço: R$ 5,20 (100 gramas)
Local: Sorveteria Marvim (trailer na esquina da Rua Rio Vila Nova com a Rua Cândido Mendes, no Centro)
Horário de funcionamento: de segunda-feira a sábado, das 13h a 0h; e no domingo, das 12h a 0h

Produtos, inspiração, Aniversário de Macapá, Macapá, Amapá, quiche tucuju, tucupi, jambu, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)'Quiche Tucuju' tem recheio de velouté de tucupi, creme de queijo e jambu (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

Salgado francês ao modo tucuju
A mistura de tucupi e jambu, ingredientes típicos da região, é de dar água na boca da maioria dos amapaenses e turistas. A combinação inspirou o “Quiche Tucuju”, um salgado francês que ganhou o recheio da Amazônia. A criação é da empresária Regina Barbosa, de 55 anos, que atua há mais de 20 anos no ramo da gastronomia em Macapá.

“A quiche é um salgado de origem francesa, e a gente queria fazer uma adaptação com os produtos da nossa região. Eu gosto muito de trabalhar os ingredientes regionais na alta gastronomia. Ele é um velouté de tucupi, misturado com creme de queijo e jambu. A princípio, as pessoas ficam temerosas, porque é algo novo. Mas depois que provam, acabam voltando”, falou Regina.

Produto: Quiche Tucujú
Preço: R$ 8 (cada)
Local: Café Bistrô Regini’s (Rua Beira Rio, esquina com a Rua São José, na Orla de Macapá)
Horário de funcionamento: de segunda-feira a sábado, das 16h30 às 21h

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