Sem acordo com os empresários, motoristas e cobradores do transporte público de Teresina decidiram manter a greve até receberem uma nova proposta. Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), Francisco das Chagas, as próprias empresas estariam descumprindo a determinação da justiça e liberando apenas 30% da frota durante o movimento.
"O sindicato tem orientado os rodoviários a cumprir a ordem da justiça, que determina a circulação de 70% dos onibus no horário de pico e 60% nos demais horários. O problema é que as empresas estão descumprindo isso, mandam os trabalhadores voltarem para casa, porque os empresários estão com medo de terem veículos quebrados como aconteceu na manifestação estudantil", comentou.
Para o vice-presidente, os rodoviários não receberam mais nenhuma proposta, além do aumento de 8,5% durante uma mesa de negociação na sexta-feira (27), que foi rejeitado pela categoria. Um motorista ganha R$ 1.778, enquanto um cobrador recebe R$ 1.097.
"Queremos 10% de reajuste salarial, além da unificação do ticket e melhoria do plano de saúde. As empresas conseguiram 20% com o aumento da tarifa, nós estamos pedindo metade disso e eles estão resistentes. A greve no transporte público não é bom para ninguém e infelizmente a sociedade é quem mais paga por este sistema", declarou o Francisco das Chagas.
A greve dos rodoviários iniciou nessa segunda-feira (30) deixando cerca de 200 mil passageiros prejudicados na capital. Ainda no primeiro dia de movimento, o Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região- Piauí (TRT/PI) concedeu liminar determinando a circulação de 70% dos ônibus coletivos no período de pico e de 60% nos demais horários durante a greve, incluindo as linhas para a cidade de Timon.
Segundo a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), a categoria grevista não está acatando a determinação. “A justiça determinou que 70% da frota circulasse, mas podemos observar que isso não está sendo cumprido. Isso causa um dano irreparável para a sociedade”, disse Carlos Daniel, superintendente da Strans.
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