Familiares do vigilante Fernando da Silva e Silva, de 25 anos, morto com um tiro na nuca no sábado (18), no bairro Buritizal, na Zona Sul de Macapá, realizaram um protesto nesta quinta-feira (23), na rua Santos Dumont, mesmo local onde ocorreu o crime. O tenente da Polícia Militar (PM), Dilermando do Carmo Luz é o único suspeito.
(Foto: Raimunda Silva/Arquivo Pessoal)
O crime foi no bairro Buritizal, na Zona Sul de Macapá, e aconteceu após uma discussão entre a vítima e o suspeito. Um vídeo, registrado pela câmera de segurança de um estabelecimento comercial, mostra o militar atirando em direção ao jovem.
Com faixas e cartazes, familiares e amigos de Fernando se reuniram no protesto pela morte do jovem. Cerca de 100 pessoas participaram do ato. O grupo rezou e pediu justiça. O autônomo Benedito do Socorro, de 34 anos, irmão da vítima, diz que a família pede celeridade no processo.
"Ele se entregou, mas queremos que pague por isso. Foi uma grande covardia o que ele fez com o meu irmão e por isso queremos que o judiciário veja com atenção esse caso, não fique impune e cumpra a pena na penitenciária", disse.
O disparo, efetuado a distância, acertou a nuca do vigilante, que caiu e não reagiu mais. O oficial, que já foi instrutor de tiros em cursos internos da corporação, se entregou na delegacia dois dias após o crime.
O oficial é considerado pela Polícia Civil como o único autor do assassinato do jovem. A Polícia Civil, que investiga o homicídio, ainda apura se a arma utilizada no crime pelo oficial é a mesma cedida pela corporação em uma cautela em nome do tenente.
celeridade em processo (Foto: Jéssica Alves/G1)
"Isso foi um homicídio culposo, ele não empunhou a arma como geralmente os policiais fazem, apoiando, ele simplesmente levantou e atirou. Segundo meu constituinte, ele atirou para intimidar, mas, infelizmente, acertou no rapaz", defendeu o advogado do oficial, Charles Bordalo.
O oficial da PM entregou-se no mesmo dia em que a 4ª Vara Criminal de Macapá expediu um mandado de prisão preventiva contra ele, a pedido do Ministério Público (MP) do Amapá.
Dilermando Luz prestou depoimento ao delegado que apura o caso, Ronaldo Coelho. De acordo com a Polícia Militar, o suspeito estava de folga. Relatos de testemunhas dão conta de que Fernando Silva estava ingerindo bebida alcoólica no estabelecimento comercial e discutiu com o suspeito antes de ser morto. O teor da briga, no entanto, não foi revelado.
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