quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Funcionários da Unimed paralisam por 48 horas para cobrar salários

Funcionários, Unimed, Amapá, macapá, paralisação, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Funcionários da Unimed paralisam por 48 horas em Macapá (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

Técnicos em enfermagem, enfermeiros, recepcionistas e outros profissionais que atuam na cooperativa hospitalar privada Unimed Macapá iniciaram nesta quinta-feira (23) uma paralisação por 48 horas. Os trabalhadores cobram o salário integral de novembro, 60% do 13º de 2016, férias dos funcionários desde setembro e regularização do vale-alimentação.

Segundo a categoria, os serviços contam com um efetivo de 30% dos profissionais e em algumas áreas até 50%. Em dezembro de 2016, a Justiça havia obrigado a cooperativa a pagar os salários que deve a técnicos e enfermeiros, mas a decisão, segundo o Sindicato dos Servidores da Saúde (SindSaúde) do Amapá, não foi cumprida. O G1 não conseguiu localizar os diretores da cooperativa no prédio administrativo.

Funcionários, Unimed, Amapá, macapá, paralisação, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Daniel Araújo diz que funcionários sofrem assédio
(Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

Segundo a vice-presidente do SindSaúde, Iêda Melo, além dos problemas com salários, os trabalhadores também enfrentam dificuldades com assédio moral e carga horária excessiva de trabalho.

“Já foi privado o direito de eles receberem salário, de terem um Natal digno com a família, de fazer alimentação através do ticket e o direito de gozar as férias. Além disso também tem o aumento da carga horária, que está sendo pesada. Muitos companheiros acabam precisando ter outro vínculo para se sustentarem”, comentou Iêda.

O técnico em enfermagem Daniel Araújo, de 35 anos, afirmou que foi ameaçado de demissão ao participar do movimento de paralisação. Ele também está com duas férias vencidas.

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“Eu estou sofrendo retaliação da parte administrativa, no sentido de demissão. Me ligaram querendo me demitir para eu não vir para o movimento. Eu sou amparado legalmente para estar aqui. Seguimos todos os trâmites, e mesmo assim eles acharam que precisavam me demitir”, disse.

De acordo com os funcionários, a empresa teria proposto o parcelamento dos débitos em dez vezes. O grupo quer a reabertura da mesa de negociação com o SindSaúde. Se o acordo não acontecer durante a paralisação, na segunda-feira (27) deve acontecer uma nova assembleia para decidir outro movimento por tempo indeterminado.

A Unimed Macapá vive um drama financeiro e operacional desde 2013, quando ficou impedida pela Agência Nacional de Saúde (ANS) de comercializar novos planos, medida ocasionada por insuficiente capacidade para prestar serviço com qualidade aos clientes.

Funcionários, Unimed, Amapá, macapá, paralisação, (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Trabalhadores cobram pagamento de salários de 2016 (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

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