Imóveis abandonados em Fortaleza estão sendo visitados por agentes de endemias. Em uma residência localizada no Bairro Dionísio Torres, na manhã desta quinta-feira (16), foi necessário mais de uma hora para o chaveiro conseguir abrir a porta que estava lacrada com uma chapa de ferro por dentro. Quando os agentes conseguiram entrar, encontraram um imóvel abandonado e muito mato, sujeira e, como era esperado, larvas e mosquito da dengue.
Segundo o agente de endemias Aílton Castelo Branco, no imóvel foram encontrados vários focos do mosquito da dengue como também de leptospirose.
“Além de ter foco da dengue podem também acontecer a proliferação de outras doenças. No imóvel que entramos tinha vários ratos. Já que estamos nesta época chuvosa corre o risco da leptospirose. Então aqui é um prejuízo enorme para os moradores do bairro no caso Dionísio Torres. Foram encontrados três focos da dengue em vários estágios”.
Segundo o agente de endemias, vizinhos informaram que o local está abandonado, há pelo menos, oito anos. Além da estrutura interna comprometida, a área externa da casa tem vários locais que acumulam água, como a piscina, descoberta há anos.
Proprietário desaparecido
Segundo os agentes da regional II, o dono da casa foi procurado várias vezes. O local recebeu três notificações e, mesmo assim, o proprietário não foi encontrado. A entrada dos agentes em imóveis desocupados é amparada por lei e contou com a apoio da Guarda Municipal. De acordo com a prefeitura, a visita compulsória é o último recurso usado para proteger a saúde da vizinhança.
“Nós fazemos três notificações não tendo êxito faz a visita compulsória. Que é abrir o imóvel e detectar os possíveis focos não só do mosquito Aedes mas também todo o controle de zoonoses”, explicou o secretário da Secretaria-Executiva Regional II, Ferrúccio Feitosa.
Esta é a sétima casa aberta de forma compulsória, só este ano, pela regional II. O dono de um imóvel nessas condições pode se antecipar, procurar a prefeitura para agendar uma visita.
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