Quase 20 anos após ser idealizada para a divisa do Amapá com a Guiana Francesa, a ponte Binacional Franco-Brasileira será aberta no fim da manhã deste sábado (18) para o tráfego de veículos de passeio. A estrutura, pronta desde 2011 ao custo de quase R$ 70 milhões, tem uma extensão de 378 metros e será a primeira ligação terrestre do Brasil com a União Europeia.
R$ 70 milhões (Foto: Arquivo/G1)
A inauguração está marcada para às 11h. A ponte substituirá a travessia atual feita através de balsas pelo rio entre as cidades de Oiapoque, no Amapá, e Saint-Georges, na Guiana Francesa. Apesar da liberação da passagem, o tráfego está permitido somente para veículos de passeio, estando ainda proibido o transporte de cargas e equipamentos por falta de acordos.
A cerimônia terá a presença do governador Waldez Góes, da prefeita de Oiapoque, Maria Orlanda, do secretário geral do Ministério de Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, entre outras autoridades brasileiras. Do lado francês vão participar Segolene Royal, ministra de Meio Ambiente e Transporte da França, além dos prefeitos de Saint-Georges e da Guiana Francesa.
Mesmo com a ponte aberta, as regras para travessia, como exigência de visto, estão mantidas e condicionadas ao pagamento de um seguro para os veículos brasileiros, que varia de 250 a 450 euros, dependendo do modelo do carro. A ponte ficará aberta, segundo o governo do Amapá, de domingo a domingo das 8h às 18h.
Um dos problemas que visitantes do lado brasileiro podem enfrentar, com a abertura da ponte, é a falta de pavimentação de parte da Rodovia BR-156, único acesso de Oiapoque para a capital Macapá. Construída há mais de 40 anos, a estrada ainda tem um trecho com pouco mais de 100 quilômetros sem asfalto. Comm as chuvas do período invernoso, a região está tomada por atoleiros que limitam e retardam o tráfego.
"A ponte está concluída, o acesso à ponte também está feito, e os órgãos da aduana também estão lá, tanto do lado brasileiro, quanto do lado francês. Então não há nenhum impedimento para não botar em ação a ponte, e assumir que o Brasil ainda está construindo o pátio aduaneiro. A inauguração pressiona o país a imprimir um ritmo mais acelerado nas obras", falou o governador do Amapá, Waldez Góes.
pronta (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)
Abertura definitiva
Além dos acordos internacionais, a estrutura alfandegária do lado brasileiro da ponte ainda não foi concluída. A construção está nos serviços de terraplenagem, e tem previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2017, dependendo das chuvas, disse o Dnit. O lado francês está concluído desde 2011.
A construção vai abranger uma área de 21,7 mil metros quadrados com serviços de iluminação, circuito de TV, instalações elétricas, além da parte de mobilidade urbana.
Após o término da obra, a alfândega será entregue para a Secretaria de Patrimônio da União (SPU), futura responsável pela administração do espaço. A estrutura vai conter postos da Anvisa, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Ibama, Receita Federal e Receita Estadual. Cada órgão será responsável pela aquisição dos próprios equipamentos.
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