Após morte de macaco, inseticida foi aplicado na zona rural de Recreio (Foto: Prefeitura de Recreio/Divulgação)A Secretaria de Saúde de Recreio, na Zona da Mata, recebeu a informação de uma possível morte de macaco na área rural, na estrada da Serra das Virgens, na última segunda-feira (6). No entanto, o morador que encontrou o primata morto jogou o corpo em uma mata. A família só comunicou à Prefeitura sobre a morte na noite desta quarta-feira (8).
A morte teria ocorrido em uma mata fechada que faz divisa com o Bairro Três Cruzes, em Leopoldina, onde foi confirmado que um macaco morreu com febre amarela nesta segunda-feira. Mesmo sem a localização do corpo, caso foi comunicado à Gerência Regional de Saúde (GRS) de Leopoldina e as medidas de combate e preventivas começaram a ser adotadas na manhã desta quinta-feira (9).
“Para ser notificado, um profissional da saúde teria que ter visto o corpo. O procedimento correto era ter ensacado e congelado o corpo e enviado para a GRS encaminhar para a Fundação Ezequiel Dias em, no máximo, 24 horas após a morte. Como nada disso ocorreu, e a área faz divisa com a região onde houve uma morte confirmada de macaco por febre amarela em Leopoldina, optamos pela prevenção e estamos tomando as providências. As equipes estão na região, fazendo ação no local e em três quilômetros em volta. Além da aplicação de inseticida, estamos limpando e retirando tudo que possa servir como criadouro para os mosquitos transmissores”, explicou a secretária de Saúde, Gabriela Helena de Paula.
Ela também explicou que a vacinação dos moradores foi reforçada desde fevereiro por causa de dois casos suspeitos de febre amarela em humanos. Um idoso morador da cidade morreu em Leopoldina e uma adolescente de 14 anos que esteve no Rio de Janeiro.
“O idoso tinha um histórico de cirrose. A adolescente nadou em um local inadequado e também foi diagnosticada com leptospirose. Estamos aguardando o resultado dos exames, mas iniciamos a imunização de forma preventiva”, disse.
Segundo a secretária, desde o início da campanha, a procura foi baixa na região de Serra das Virgens. Uma equipe volante com profissionais da enfermagem e endemias está atuando na zona rural para vacinação.
“Reforçamos a imunização desde fevereiro e, justamente nesta área, a maioria optou por não procurar. As pessoas precisam entender que é importante. Portanto, agora, a equipe irá de casa em casa”, comentou.
Na área urbana, as pessoas podem comparecer nos próximos dias com o cartão de saúde nas sete unidades, inclusive aquelas que estão com horário de atendimento ampliado por causa da campanha “Março Lilás". Gabriela Helena de Paula destacou que a cidade recebeu 3.000 doses a mais do que o habitual.
“Eu reforço o alerta. A gente precisa da ajuda da população, tanto se vacinando quanto adotando as medidas preventivas, como eliminar tudo que possa ser criadouro dos mosquitos, incluindo o Aedes aegypti, que pode transmitir a doença na área urbana”, disse.
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