Serviço está pronto para operar, mas falta contrato de custeio mensal. Reunião discutirá o assunto na próxima semana na Assembleia Legislativa.
A inauguração do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no Centro-Oeste do estado foi adiada mais uma vez. A justificativa são atrasos nas assinaturas de contratos de custeio mensal do serviço por parte da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Com isso, ainda não há uma data prevista para início das atividades. O G1 enviou pedido de nota e aguarda retorno do governo estadual sobre o assunto.
De acordo com o secretário executivo do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste (Cis-Urg), José Márcio Zanardi, a data de inauguração ainda não foi definida pelo governo, entretanto, a SES agendou uma reunião na próxima semana com o CIS-URG para definição dos termos do contrato. A reunião será na Assembleia Legislativa. “O atraso no início dos serviços se deve justamente à garantia dos recursos para sua manutenção”, comentou.
Zanardi destacou que durante essa semana técnicos da SES vistoriaram todas as 24 bases do serviço, incluindo a Central de Regulação das Urgências em Divinópolis e ambulâncias. “Essa é a última etapa para que o Samu comece a operar, faltando apenas a assinatura do contrato que garantirá o custeio mensal para manutenção do serviço por parte do governo”, destacou José Márcio Zanardi.
Central de Regulação
Com o Samu, entra também em funcionamento a Central de Regulação das Urgências, sediada e já implantada em Divinópolis, de onde será feita a Regulação Médica das Urgências.
O núcleo garantirá a permanente avaliação e estimativa do grau da urgência de cada caso. Este processo será feito pelo médico regulador, que atuará com o acolhimento de todos os pedidos de socorro que chegarem através do 192.
Mediante a avaliação, será desencadeada a resposta mais adequada a cada solicitação, no que se refere ao monitoramento contínuo do grau de urgência, até a finalização do caso, garantindo a disponibilidade dos meios necessários para a efetivação da resposta definitiva. Ou seja, garantirá o encaminhamento do paciente para a unidade de saúde previamente pactuada com o serviço.
“No sistema há as unidades de saúde definidas dentro de uma Rede de Resposta Hospitalar, que são unidades conveniadas. Temos que fazer essa rede funcionar. O Estado, a União e os municípios investem dinheiro para que esses hospitais funcionem. Como estamos iniciando o serviço, as 18 unidades estão avisadas que os pacientes vão ser regulados de acordo com sua condição de atendimento. Então é muito importante todo esse serviço passar pela Central de Regulação, para que tenhamos destinação adequada desse paciente”, explicou José Márcio Zanardi.
Rede de Resposta Hospitalar
A escolha da Rede Hospitalar foi feita após uma análise de viabilidade e levou em consideração diversos critérios. Entretanto, como apontou José Márcio Zanardi, essa rede é dinâmica e pode ser alterada a qualquer momento. Basta que as unidades se enquadrem nos requisitos pleiteados pelo governo estadual.
As unidades conveniadas recebem incentivo financeiro do Estado no valor de R$ 2.300.000 para as 18 unidades. José Márcio esclareceu que os hospitais não contratualizados e que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) farão os atendimentos normalmente em caso de necessidade, o que será avaliado pela Central de Regulação das Urgências em Divinópolis.
Veja a rede de hospitais conveniados
O Samu atenderá uma população de mais de 1,2 milhão de pessoas que serão direcionadas aos seguintes hospitais: Hospital São João de Deus em Divinópolis; Hospital São Luis em Formiga, Santa Casa de Campo Belo, Hospital São Judas Tadeu em Oliveira, Hospital Manoel Gonçalves em Itaúna, Hospital Nossa Senhora da Conceição em Pará de Minas, Hospital São Carlos em Lagoa da Prata, Hospital Regional São Sebastião em Santo Antônio do Amparo, Hospital Santa Casa de Bom Despacho, Hospital Senhora Aparecida em Luz, Santa Casa de Misericórdia de Santo Antônio do Monte, Santa Casa de Misericórdia de Dores do Indaiá, Santa Casa de Itaguara, Hospital Municipal São Francisco em Iguatama, Santa Casa de Itapecerica, Hospital Nossa Senhora do Brasil em Bambuí, Santa Casa de Misericórdia em Pitangui e Hospital São Gabriel em Passa Tempo.
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