Autora da postagem fez confusão com informação sobre a dificuldade financeira da família do bebê, informou em nota o Conselho Tutelar do Amapá. Postagem repercutiu nas redes sociais.
O anúncio de doação de um bebê recém-nascido em um grupo de vendas no Facebook na terça-feira (2) foi equivocado, segundo afirmou em nota pública na quinta-feira (4), o Conselho Tutelar da Zona Sul de Macapá. De acordo com o documento, a mãe da criança enfrenta dificuldade financeira, mas não tem interesse em doar a filha. A amiga dela foi responsável pela publicação.
Conforme informou o Conselho Tutelar, o que houve foi um mal-entendido da amiga da mulher, que, no intuito de ajudar, fez a postagem. A mãe da criança teria exposto a sua dificuldade financeira para cuidar da filha, “pois não tinha enxoval, e a família se desesperou”, porque o pai da menina está doente, diz a nota. A mulher teria pedido à amiga, acrescenta o documento, para “pedir ajuda quanto a doação de fraldas e roupas, bem como o que fosse necessário”.
O anúncio, que foi publicado pela manhã e horas depois foi retirado do ar, dizia que a amiga da internauta queria “dar seu bebê que acabara de nascer”. A postagem repercutiu em redes sociais no Amapá.
De acordo com a conselheira tutelar Huelma Medeiros, que acompanha o caso, a autora da publicação não responderá a nenhum processo, por não caracterizar crime. A mulher não terá a identidade revelada, porque estaria sofrendo ameaças de morte. Ela divulgou o seu contato telefônico no anúncio.
“Fomos verificar o que aconteceu e identificamos que foi uma má informação da moça. Ela queria ajudar, mas de uma maneira que ela não tinha noção da gravidade de como isso repercute. Expliquei para ela todo o procedimento e isso já está sendo resolvido. A mãe não quer entregar a criança”, disse Huelma.
A mãe do bebê disse ao conselho na quinta-feira “que não tem intenção de dar a filha para adoção, e que, apesar da sua difícil situação financeira, sempre criou seus 3 filhos”, informou a nota pública. A mulher e a autora da postagem são de extrema baixa renda, acrescentou o Conselho Tutelar.
“Não foi feito nada de má fé, foi uma maneira que ela encontrou de ajudar. Ela também já passou necessidade, já sabe como é. Hoje, com essa história das redes sociais, tudo se põe, se coloca, se expõe. E ela não tem conhecimento sobre isso, é uma pessoa leiga”, reforçou Huelma.
Na nota pública, o conselho informou que o recém-nascida e a mãe continuam internados no Hospital da Mulher Mãe Luzia, única maternidade pública do estado. A alta médica deve sair nos próximos dias. A entidade declarou ainda que está acompanhando a família e requisitando a inclusão da mãe e das crianças em programas sociais para que possam ter “condição econômica digna para o sustento da família”.
Tem alguma notícia para compartilhar? Envie para o VC no G1 AP ou por Whatsapp, nos números (96) 99178-9663 e 99115-6081.
0 comentários:
Postar um comentário