Comunidade do Bairro de Fátima está descartando o lixo de suas residências de forma irregular e o amontoado de resíduos sólidos pode ser visto nas ruas.
Moradores que residem no Bairro de Fátima, em São Luís, estão descartando o lixo de suas residências de forma irregular e o amontoado de resíduos sólidos pode ser visto nas ruas, nas calçadas e até nos terrenos baldios.
Como é o caso da dona de casa Aline Passos que justifica o descarte irregular do seu lixo devido à coleta doméstica que, mesmo sendo feita normalmente em dias alternados, não é suficiente para ela. “O carro do lixo só passa segunda, quarta e sexta. A gente vai botar o resto do lixo aonde? Vai esperar de segunda a domingo para jogar aonde? E os ratos?”, indagou.
Até mesmo na frente de uma escola pública da comunidade o lixo é espalhado. O diretor da unidade escolar, Josué Cunha, diz que está inconformado com a falta de conscientização de alguns moradores do bairro. “A gente fica indignado em ver essa quantidade de lixo numa escola que é uma instituição educadora pública e a gente fica muito indignado com essas coisas, com esse lixo aí na porta da escola”, desabafou.
Iniciativas do poder público para combater o descarte irregular de lixo já foram criadas no Bairro de Fátima como, por exemplo, o Ecoponto que foi construído na região há mais de um ano para receber material de construção civil, entulho, móveis velhos, pneus velhos, restos de poda, mas falta conscientização.
O agente de limpeza José Raimundo Nunes explica que no local todo o material recolhido é separado e encaminhado para uma cooperativa que fica responsável pela reciclagem do lixo. “A gente recebe madeira, entulho, resto de poda, sofá velho, pneu, vidro, papelão, plástico. A gente faz a seleção e aí essa parte de papelão, de plástico tem as cooperativas, tem o caminhão que vem, recolhe e leva para cooperativa e lá eles fazem a reciclagem”.
Enquanto alguns são maus exemplos outros moradores são motivo de orgulho para o Bairro de Fátima. Neste sábado (6), adolescentes, crianças e adultos se uniram e decidiram montar um mutirão com o intuito de limpar as vias do bairro.
A estudante Greyce Serra, que participou da ação, enfatizou que a sujeira e o forte odor causado pelo o acúmulo de lixo podem acarretar danos à saúde das pessoas. “Os agentes de limpeza passam um dia sim e um dia não. Então, eles tinham que botar nas suas portas para poder jogar fora, mas eles acumulam. Isso está causando um fedor na nossa escola e quem tem problema de saúde com isso faz mal”.
Para o eletricista Raimundo Martins, que também se envolveu no mutirão de limpeza, iniciativas como essa podem contribuir para a boa formação de um cidadão. “Porque se nós não dermos esse exemplo para nossas crianças que estão vindo aí a gente está dando um mau exemplo. Se nós jogarmos um papel no chão nós somos mal educados e nós temos que dar esse exemplo de educação”, finalizou.
0 comentários:
Postar um comentário