Há 30 dias Executivo passou a funcionar em meio período, alegando necessidade de reduzir gastos. Na Câmara, críticas apontam prejuízos à população. Prefeitura disse que vai se pronunciar posteriormente.
O desencontro entre os horários de funcionamento da Prefeitura e da Câmara de Divinópolis tem motivado reclamações. O governo diz que reduziu o tempo de serviço por 90 dias, em caráter experimental, com o objetivo de economizar dinheiro. Já a Câmara alega que alguns serviços oferecidos aos cidadãos dependem dos dois órgãos funcionando ao mesmo tempo.
Com a mudança anunciada há um mês, a Prefeitura e o Centro Administrativo não funcionam mais durante a manhã. Alguns moradores têm reclamado. Eles alegam que conseguiam atendimento quando o serviço funcionava durante a manhã. Com a alteração, muitos precisam faltar ao trabalho após as 12h.
Em contrato, o Legislativo, que antes funcionava das 12h às 18h, ampliou o horário de atendimento para o período entre 8h e 18h. Para o vereador Marcus Vinícius (Pros), não adianta a Câmara abrir mais cedo se a Prefeitura fica fechada.
"Em muitos serviços têm que haver uma interatividade entre a Prefeitura e a Câmara. Fica uma situação mal resolvida e a cidade tem sido penalizada. Esperamos que neste caráter experimental o prefeito possa entender a importunidade deste horário e voltar para o funcionamento em tempo integral para a prestaçãocede serviços, que é o objetivo da Prefeitura", disse.
Eduardo Print Jr. (SDD) diz não acreditar na economia de R$ 5 milhões anunciada pela Prefeitura como consequência da redução no horário de atendimento. "Só se eu ver números e me provarem com bastante fundamentação que vão economizar R$ 5 milhões. Se economizar, para mim é economia burra. Hoje 80% dos comércios na Goiás e Avenida 1º de Junho têm o alvará vencido. Quando vão renovar na Prefeitura, de manhã não têm atendimento. Que economia é essa que faz com que o empresário não busque renovar o alvará e, com isso, não gere renda?", questionou.
A Prefeitura informou que só pretende se pronunciar sobre as reclamações após o prazo de 90 dias determinado para o funcionamento em horário reduzido. Enquanto isso, o vereador Cesar Tarzam (PP) diz que a redução do horário de funcionamento afeta a construção civil.
"O construtor faz o projeto da casa, o engenheiro manda para a Prefeitura e para esse projeto ser liberado está durando em torno de três meses. Isso é um absurdo. No meu modo de ver, assim que o projeto entra na Prefeitura, ele precisa ser liberado o mais rápido possível, para que o construtor possa construir e gerar empregos na cidade", afirmou.
Sobre atrasos envolvendo a liberação de alvarás para construções, a Prefeitura informou que arquitetos e engenheiros, em conjunto, elaboraram propostas para melhorar o atendimento na recepção dos projetos. Uma portaria contendo todas as novas sugestões deverá ser publicada nos próximos dias.
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