quinta-feira, 1 de junho de 2017

No aniversário de Divinópolis, conheça histórias de quem encontrou na cidade uma oportunidade de construir a vida

Cidade faz 105 anos nesta quinta-feira (1º). G1 conversou com pessoas que construíram a vida e tem orgulho de morar na terra do Divino.

Divinópolis completa 105 anos (Foto: TV Integração/Divulgação)Divinópolis completa 105 anos (Foto: TV Integração/Divulgação)

Divinópolis completa 105 anos (Foto: TV Integração/Divulgação)

Divinópolis completa nesta quinta-feira (1º), 105 anos de emancipação político-administrativa, construídos à base de progresso e que concedeu ao município a posição de maior e mais desenvolvida cidade do Centro-Oeste do estado.

Conhecida como cidade das oportunidades, Divinópolis sempre foi destino de migrantes. O G1 conversou com alguns deles, que disseram ter constituído suas vidas na cidade e relataram com orgulho a escolha que fizeram de morar na cidade do Divino.

Sinônimo de referência para toda região, Divinópolis está em uma posição estratégica, tanto ferroviária, quanto rodoviária, o que garantiu ao município a condição de polo mesorregional, diante do crescimento de mais de 50 municípios do Centro-Oeste.

Isso impulsionou um mercado regional de milhares de habitantes, o que favoreceu a diversificação do processo mercadológico da cidade, onde predomina o setor têxtil e as indústrias ferroviária e metalúrgica. Foram estes setores que impulsionaram a mudança de milhares de migrantes, como Edvalde Vieira da Silva, de 56 anos.

Divinópolis completa 105 anos de emancipação (Foto: Ricardo Welbert/G1)Divinópolis completa 105 anos de emancipação (Foto: Ricardo Welbert/G1)

Divinópolis completa 105 anos de emancipação (Foto: Ricardo Welbert/G1)

Nascido em Martinho Campos, que também fica na região Centro-Oeste do Estado, Vieira contou que, na época, a mudança ocorreria apenas para que ele começasse a trabalhar aos 19 anos. O que ele não imaginava era que a cidade seria um marco na vida profissional e, sobretudo, na vida pessoal.

Edvalde contou que conseguiu uma oportunidade de trabalho em uma empresa de siderurgia na década de 1980. Começou como chão de fábrica e terminou com um cargo de liderança, em 2012. O trabalho de 32 anos em Divinópolis foi mais do que útil para ele e para toda família. Um ano após a mudança, o pai de Vieira faleceu e ele passou a ser o provedor da casa, ajudando a mãe a sustentar seis irmãos.

Depois de seis anos morando em Divinópolis, ele conheceu a esposa, que é de Alagoas. Um encontro que resultou em casamento e, anos mais tarde, dois filhos. Por tudo que foi vivido e construído na cidade, o sentimento não poderia ser outro, se não gratidão, como relatou o metalúrgico.

“A cidade me acolheu de braços abertos. Digo com toda certeza, que Divinópolis se tornou minha terra natal. Parece estranho, mas às vez até me esqueço onde nasci. A terra do Divino foi um marco na minha vida em todos os sentidos", destacou.

"Divinópolis foi uma oportunidade de vida", destacou Edvalde (Foto: Edvalde Silva/Divulgação)

" Aqui construí carreira, passei dificuldades, venci, cresci, evoluí. Conheci minha esposa, enfrentamos dificuldades juntos, namoramos e nos casamos. Deste casamento, tivemos filhos maravilhosos que fiz questão de criar também na cidade e agora temos uma neta de dois meses. Defino Divinópolis como uma oportunidade de vida que talvez eu não tivesse em nenhum outro lugar”, completou.

Assim como Edvalde, Matheus Meira, de 36 anos, também se mudou para Divinópolis para trabalhar na indústria matalúrgica. Nascido na Bahia, se mudou ainda adolescente para Timóteo, onde fez um curso técnico de metalurgia.

Na época, poucas escolas ofereciam o curso no estado, segundo ele. De olho nas contratações das indústrias siderúrgicas, o metalúrgico deu continuidade aos estudos, até que foi recrutado por uma empresa de Divinópolis, em 2001.

Ele não conhecia a cidade e, pela limitação no uso da internet, era impossível qualquer tipo de pesquisa. O pouco que Matheus soube de Divinópolis foi repassado pela própria empresa que o contratou. Mesmo assim, ele não pensou duas vezes.

“Vim na cara e na coragem, literalmente. Com 19 anos, era muito inexperiente e tudo aqui na cidade era um mundo de descobertas. Além de ser muito novo era meu primeiro emprego. Foi uma fase difícil, mas hoje agradeço ter me mudado para Divinópolis, que me acolheu de uma forma tão especial, a ponto de me fazer sentir um divinopolitano”, relatou.

Mateus se mudou para Divinópolis para trabalhar na siderurgia (Foto: Matheus Meira/Divulgação)Mateus se mudou para Divinópolis para trabalhar na siderurgia (Foto: Matheus Meira/Divulgação)

Mateus se mudou para Divinópolis para trabalhar na siderurgia (Foto: Matheus Meira/Divulgação)

Mesmo com toda família morando na Bahia, Matheus não se vê morando em outro lugar e é em Divinópolis que ele pretende constituir uma família. Ainda solteiro, ele pretente encontrar na cidade o amor de sua vida. "Já construí tantas coisas em Divinópolis e, portanto, não penso em sair daqui para ter uma família. Acredito que darei contunuidade a todos os meus projetos na cidade do Divino", afirmou.

Histórias de pessoas que buscaram oportunidades em Divinópolis se repetem a todo instante. Basta alguns minutos de conversa com os moradores da cidade que eles logo contam suas histórias ou de outras pessoas que reconhecem Divinópolis como um polo no mercado de trabalho.

Foi pensando assim que Ivan Francisco da Silva, de 44 anos, saiu aos 17 anos de Martinho Campos. Como tantos outros, ele já tinha ouvido falar nas grandes oportunidades de emprego. Onde morava, ele era garçom, mas depois de se mudar foi trabalhar em uma loja de artigos esportivos.

'Construí toda minha vida profissional em Divinópolis e tenho orgulho disso', destaca Ivan Francisco. (Foto: Ivan Francisco/Arquivo pessoal)'Construí toda minha vida profissional em Divinópolis e tenho orgulho disso', destaca Ivan Francisco. (Foto: Ivan Francisco/Arquivo pessoal)

'Construí toda minha vida profissional em Divinópolis e tenho orgulho disso', destaca Ivan Francisco. (Foto: Ivan Francisco/Arquivo pessoal)

A proposta era que ele fosse contratado em uma empresa de siderurgia, mas os planos não deram certo e ele teve que encontrar um novo trabalho. Como melhor vendedor da época dentro da empresa, foi carinhosamente apelidado de “The best”, que significa “O melhor” em inglês.

Sempre empenhado em dar o melhor de si, Ivan saiu da humilde cidade onde nasceu para vencer. Determinado e sempre seguindo este propósito, ele nunca desistiu, mesmo com todas as dificuldades e limitações da época. Hoje é considerado um empresário renomado no setor têxtil em Divinópolis. O apelido virou a marca dele, que é vendida para todo país e para o exterior.

“Com certeza, minha mudança para Divinópolis foi muito difícil. Iniciei com vendedor, trabalhei para outras pessoas e, cinco anos mais tarde, decidi que era a hora de arriscar e abrir um negócio pra mim no setor têxtil, que já era forte. Com certeza, nessa ocasião a minha maior dificuldade foi de desbravar um lugar que quase não conhecia. Mas eu sempre me lembrava que saí de Martinho Campos com intuito de vencer na vida. Isso sempre me motivou e me motiva a estar na luta até hoje para fazer sempre o meu melhor”, disse.

Com 22 anos no mercado e com uma grande equipe, ele não se esquece de seu passado e faz questão de demonstrar a gratidão que tem a tudo que conquistou oferecendo oportunidades. “Nada melhor do que oportunizar, já que um dia também fui oportunizado aqui em Divinópolis. Levo sempre dentro de mim muita gratidão a tudo que construí neste município”, concluiu.

Foto: (Marcelo Brandt/G1)

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Foto: (Caio Kenji/G1)

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Foto: (Arte/G1)

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