quinta-feira, 29 de junho de 2017

Projeto 'Cavaleiros da Cultura' completa 10 anos distribuindo livros para crianças de todo o Brasil

Após dez dias de viagem, grupo foi recebido por mais de 200 pessoas em Rio Novo, na Zona da Mata. Expedição é liderada por neto de Oscar Niemeyer.

Há dez anos, levar educação e cultura para as crianças do Brasil é o objetivo dos Cavaleiros da Cultura. "Queremos incentivar o prazer da leitura nessas crianças que muitas vezes não tem muito contato com livros e elas ganham muito com isso e desta forma mudamos este cenário", enfatizou o administrador Carlos Oscar Niemeyer, neto do famoso arquiteto brasileiro e idealizador do projeto.

Cinco cavaleiros percorreram 400 quilômetros em 10 dias neste mês e chegaram nesta quarta-feira (28) em Rio Novo, na Zona da Mata. Em 2017, a expedição dos cavaleiros homenageou Carlos Drummond de Andrade, por isso a cavalgada saiu de Itabira, cidade natal do poeta.

Desde então, eles passaram por Ipoema, Cocais, Santa Rita do Durão, Piranga, Presidente Bernardes, Dores do Turvo, Rio Pomba e em outros vilarejos e povoados da região, até que chegassem em Rio Novo.

Cerca de 40 mil livros foram distribuídos nestes dias e a chegada em Rio Novo contou com mais de 200 crianças na recepção.

“É muito bacana olhar a alegria dessas crianças com a nossa chegada. A entrega é uma forma de levar uma perspectiva de futuro melhor a elas e conhecimento ninguém tira", disse o administrador.

Quase uma década de trabalho

A primeira viagem dos Cavaleiros da Cultura ocorreu em 2007, mas somente em 2008 o grupo de quase 20 cavaleiros foi oficializado. Eles já percorreram cidades de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, por onde doaram cerca de 700 mil livros.

“Esse trabalho começou no centenário do meu avô, em dezembro de 2007, quando eu contei a ele que faríamos uma cavalgada em sua homenagem ele me disse: 'então leve um livro para onde você for'”, salientou Niemeyer.

O administrador contou que o trajeto é pensado de uma maneira que os cavaleiros passem por vilarejos, povoados e casebres do país, onde um livro pode ser algo difícil de ser encontrado. "Como estamos fazendo o trajeto com animais, nós precisamos passar por estradas de terra. Existem caminhos mais perto, por rodovias asfaltadas, mas é algo perigoso. O nosso objetivo é chegar a lugares afastados", explicou.

A viagem foi o pontapé inicial para a Festa Literária de Minas Gerais, que nesta edição lembra os 30 anos da morte do poeta itabirano e que vai ocorrer de 17 a 20 de agosto.

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