Amapá adere a campanha nacional para redução do índice de crianças nas ruas

Campanha quer criar políticas públicas para tirar menores das ruas (Foto: Reprodução)

O Amapá aderiu nesta sexta-feira (21), em Macapá, a uma ação nacional que visa alertar o poder público sobre a realidade desconhecida de crianças e adolescentes que vivem pelas ruas do país. Através de um abaixo-assinado, a campanha “Criança Não é de Rua” busca adeptos no estado.

Com a coleta de assinaturas, a ação do “Movimento Meninas e Meninos de Rua” busca chamar atenção dos governos estaduais e federal para a elaboração de um diagnóstico sobre quantos são, quem são, como vivem e onde estão os menores de idade em situação de risco no Brasil.

Para a coordenadora da mobilização no estado, Luci Tavares, através dos números de crianças nas ruas será possível desenvolver atividades e políticas públicas com objetivo de resolver o problema. Ela completa que o assunto será discutido também em outros municípios do estado.

“É uma realidade existente há muito tempo na capital amapaense. Esse problema está crescendo também em outros municípios do estado. O pior de tudo isso é que as pessoas estão se acostumando com essa situação, tornando banal ver crianças na rua, pedindo dinheiro. Não podemos considerar isso normal, porque não é”, enfatizou.

Luci tavares, coordenadora do movimento no Amapá (Foto: Jorge Abreu/G1)

Equipes serão montadas por voluntários para recolherem mais assinaturas em órgãos públicos, ruas e escolas. Os dados levantados de todos os municípios e capitais serão reunidos para a montagem do plano nacional.

“Precisamos fazer alguma coisa. As crianças de rua estão em situação de risco. Esses menores podem estar sendo explorado sexualmente ou para o trabalho. O poder público pode ter uma solução, mas só vamos poder agir quando soubermos qual é a realidade dessas crianças”, finalizou Luci.

Histórico

A ação nacional “Criança Não é de Rua” é uma mobilização em defesa dos direitos das crianças e adolescentes. Realizada anualmente, a campanha adotou o dia 23 de julho como um marco memorial da “Chacina da Candelária”, ocorrida no Rio de Janeiro em 1993. Iniciada na cidade de Fortaleza em 2007, a ação passou a ser realizada em diversas cidades brasileiras.

Abaixo-assinado foi lançado nesta sexta-feira em Macapá (Foto: Jorge Abreu/G1)

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