Por conta própria um grupo de moradores que vive às margens do Canal do Jandiá, na Zona Norte de Macapá, resolveu fazer nos últimos dias um mutirão de limpeza para remover o mato alto e o lixo que polui o trecho, localizado na divisa entre os bairros Pacoval e São Lázaro.
Incomodados com a demora do serviço público, eles disseram estar retirando a vegetação para que seja removida por um serviço particular. O grupo também reclama das vias não pavimentadas ao lado do canal, que estão tomadas por buracos e lama.
A Secretaria Municipal de Obras (Semob) informou que está fazendo ações de limpeza nos canais da capital e que um trecho do Canal do Jandiá foi limpo em maio. A área onde os jogadores realizaram o mutirão está dentro do cronograma, mas não tem previsão de serviço.
"O problema não é só o canal, nossas ruas estão esburacadas. Ou seja, além de arcar com a limpeza do canal também estamos dando nosso jeito de aterrar as ruas por conta própria", desabafou o funcionário público Helielson Luis.
Ratos, baratas e até cobras já apareceram pela vizinhança em função da vegetação alta. Além da dificuldade do serviço público em efetuar os serviços, o morador acusa pessoas que moram no entorno como responsáveis pela poluilçao do canal, que deságua no rio Amazonas.
"Temos que destacar que esse problema também é gerado por alguns moradores que acabam transformando o entulho das limpezas em lixeiras viciadas", lamentou.
A Secretaria Municipal de Manutenção Urbanística (Semur) alegou que nenhum tipo de solicitação para a remoção do entulho foi feita por parte dos moradores, e pede a população para denunciar quem está sujando o canal por meio do número 99147-1050.
De acordo com o autônomo Benedito Oliveira, de 72 anos, que mora há três décadas no entorno do canal, a ausência do serviço público no trecho acontece há anos. Ele também enfatiza que durante o período de inverno, muitos moradores ficam ilhados.
"Fui um dos primeiros moradores daqui e nunca houve nenhuma tentativa de solucionar esse problema. Se não somos nós, a situação estaria pior. Durante o período de chuvas existem pontos onde vizinhos ficam presos em casa", reclama Benedito.
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