quinta-feira, 20 de julho de 2017

MPF denuncia suspeitos por desvio de R$ 18 milhões da saúde do Maranhão

Polícia Federal ouve funcionários do instituto suspeito de desvio de recursos no MA

Polícia Federal ouve funcionários do instituto suspeito de desvio de recursos no MA

O Ministério Público Federal no Maranhão denunciou o presidente e os funcionários do Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (Idac) e do Partido Social Democrata Cristão (PSDC) por apropriação e desvio de R$ 18.943.926,87 em recursos públicos destinados à saúde, além de ocultação e dissimulação da origem do dinheiro desviado.

Além de Antônio Augusto Silva Aragão, Bruno Balby Monteiro, Mauro Serra Santos, o MPF também denunciou Valterleno Silva Reis, Paulo Rogério Almeida Mendes e Leila Miranda da Silva por terem participado ativamente do esquema. De acordo com a denúncia, parte dos recursos desviados foi direcionada para pessoas vinculadas ao PSDC, incluindo vereadores e o próprio partido.

De acordo com o MPF, Valterleno Reis, Paulo Rogério Mendes e Leila Miranda, a mando dos representantes do Idac, realizaram saques em espécie dos valores a serem repassados aos destinatários finais do desvio. Além disso, os denunciados praticaram atos de lavagem de dinheiro por meio da fragmentação de grandes quantias em valores menores para não chamar a atenção dos órgãos de fiscalização. Com a mesma finalidade, utilizaram empresas de fachada, que emitiam notas frias para justificar os gastos do instituto.

Polícia Federal começou a ouvir funcionários do IDAC nesta segunda-feira (12) (Foto: Reprodução TV Mirante)Polícia Federal começou a ouvir funcionários do IDAC nesta segunda-feira (12) (Foto: Reprodução TV Mirante)

Polícia Federal começou a ouvir funcionários do IDAC nesta segunda-feira (12) (Foto: Reprodução TV Mirante)

Na denúncia, o MPFpede que Antônio Augusto Silva Aragão, Bruno Balby Monteiro, Mauro Serra Santos, Valterleno Silva Reis, Paulo Rogério Almeida Mendes e Leila Miranda da Silva sejam condenados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Atualmente, os denunciados estão em liberdade.

Na Operação Rêmora, deflagrada no começo de junho, a policia constatou que parte do dinheiro não estava indo para a saúde e sim para o bolso de muita gente envolvida em um esquema de desvio de verbas. “Nós calculamos que os desvios nesses três, quatro anos de investigação, já chegam à R$ 1 bilhão, dinheiro desviado da saúde”, afirmou o delegado Alexandre Saraiva, superintendente da PF no Maranhão.

Uma auditoria realizada em 2015 revelou indícios de superfaturamento de 20 a 30% nas contas do instituto, mas apesar disso o contrato foi mantido pelo governo do Maranhão até o último dia 6, quando o caso ganhou ampla repercussão. "Essa auditoria está em curso e que poderá, provavelmente, desencadear o desdobramento de outras operações", afirmou Francisco Alves Moreira, superintendente da Controladoria Geral da União.

De acordo com a denúncia, a atual gestão do Idac recebeu mais de R$ 240 milhões por meio desses contratos e parte desse valor foi desviada pela entidade, que é legalmente impedida de utilizar a atividade decorrente dos referidos contratos para obtenção de lucro.

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