Diante dos mais de 80 Kg e 1,58m de altura da técnica em radiologia Thassya Rossane Santos Guedes, apelidos desde “gordinha” até “Jabulani” - nome dado à bola de futebol usada na Copa do Mundo na África do Sul - eram insistentemente citados a ela.
Por causa do sobrepeso, bullying e consequente baixa autoestima, Guedes trocou a compulsão por comida pela rotina saudável e, atualmente, mantém o corpo com 22 Kg a menos e administra um projeto de "quitandas fit gourmet".
Na época que foi apelidada, a jovem, de 27 anos, estava pré-diabética e se sentia incomodada com os comentários que ouvia por causa do peso. Por isso, iniciou o processo de emagrecimento, em um domingo, há quatro anos.
“Já me deram lugar no ônibus achando que eu estava grávida. Cheguei em casa e chorei horrores, então resolvi mudar meus hábitos. Atualmente, estou com 60 kg, com o percentual de 17% de gordura e 40% de massa muscular. Parece que foi simples e rápido, mas não foi. Foi uma luta diária com a ‘mente gorda’ para libertar dos vícios de refrigerantes e doces”, disse.
Sem nenhuma intervenção cirúrgica nem uso de medicamentos, ela conseguiu emagrecer adotando rotina diária de treinos de uma hora por dia, acompanhamento nutricional e consultas com médico esportivo.
A mineira também passou por uma reeducação alimentar completa e veio a dura dúvida: como e onde consumir refeições e quitandas saudáveis, porém deliciosas? Ela mesma conseguiu a resposta. Depois de muito estudo e vários testes de receitas, teve a ideia de preparar as próprias refeições, que vão desde tortas salgadas até bolos de cacau zero gorduras.
Algumas amigas a estimularam fazer as porções caseiras e a jovem criou o projeto “Pecado Permitido Fit Gourmet”, que acumula seguidores no Facebook, onde encontram receitas, curiosidades, dicas para emagrecimento e informações sobre os benefícios dos alimentos. A ideia é estimular outras pessoas a aderirem uma rotina de qualidade alimentar.
“Eu lia muito a respeito, buscando sempre o mais saudável possível, natural e, claro, gostoso. Minhas amigas da faculdade e do trabalho beliscavam as minhas marmitas e plantaram a sementinha dentro de mim”, contou.
Entre a rotina intensa de trabalho, treinos e a faculdade de Direito, a empreendedora aproveita o pequeno negócio para pesquisar, conhecer o mercado e o público-alvo.
Enquanto isso, planeja ampliar o investimento e abrir a própria loja para poder vender as receitas em grande escala e garantir renda fixa.
“Cozinhar com qualidade é uma terapia pra mim. Fico louca quando vejo as pessoas comendo temperos prontos, comidas cheias de óleo. Quero ensinar a pessoa a cozinhar e explicar o porquê de comer bem, preferindo opções mais saudáveis e naturais. Hoje, tem sentido o que faço. Sou feliz com toda essa volta que a minha vida deu. Não é apenas estética. É bem estar, saúde”, concluiu.
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