O levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) apontou que no último mês os setores de comércio e serviços voltaram a demitir no Maranhão. Em junho, cerca de 3.584 mil trabalhadores ficaram desempregados em todo o estado.
Apesar dos números negativos, a pesquisa mostrou que no mês de junho 3.326 maranhenses foram admitidos, o que representa 258 vagas de emprego eliminadas. Em comparação ao mês de maio, o balanço apontou que 932 vagas formais foram extintas no estado.
O reflexo dos números é visto com frequência em várias lojas do centro comercial de São Luís. No começo do ano, uma loja especializada em artigos infantis tinha oito funcionários e hoje, possui apenas três. O número representa uma baixa de 62,5% e segundo Valmir Machado, gerente da loja, a dificuldade no atendimento aos clientes complicou após a redução no quadro de funcionários. “A queda nas vendas e com a crise aumentou a dificuldade nas vendas, entendeu. Com isso, a gente teve que reduzir o quadro de funcionários. Somos poucos funcionários hoje e nós temos muita dificuldade até no atendimento”, conta.
Apesar da queda nos números, outros setores já começam a criar vagas em todo o estado. Em primeiro lugar aparece a construção civil, que abriu 867 novos postos e em seguida, aparece o setor agropecuário com 795 novas vagas.
“No Maranhão como um todo, vem gerando novas vagas e o comércio é o único setor que não consegue gerar esses postos de trabalho, e a explicação é natural. O comércio está no final da cadeia produtiva, então é natural que se fortaleça primeiro na indústria, na construção civil, na agropecuária, para que essa renda se reflita no comércio e ele possa voltar a vender e naturalmente voltar a contratar”, explica Max de Medeiros, superintendente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio/MA).
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