O reajuste da tarifa do transporte público em Macapá entrou em vigor neste sábado (22) e muitos usuários ficaram insatisfeitos com a passagem de ônibus no valor de R$ 3,25. Para os usuários, preços sobem, mas qualidade do serviço continua baixa.
A diarista Paloma da Costa Santos, de 22 anos, contou ter que pegar ônibus quatro vezes por dia para poder trabalhar, no Centro da cidade. Ela diz que gastava quase R$ 14 por dia e o aumento no preço também será prejudicial para o orçamento da família.
“Com certeza esse novo valor vai me prejudicar, e agora vou ter que trabalhar praticamente só para pagar passagem. Tenho que pegar dois ônibus na ida e na volta do trabalho, agora com esse novo preço vai ser muito ruim para o sustento de meus filhos”, reclamou Paloma.
O aumento para o valor de R$ 3,25 foi autorizado pela Justiça do estado no dia 14 de julho. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap) informou que a tarifa social será de R$ 1,60, sendo cobrada aos domingos e feriados. O último reajuste de tarifa de ônibus em Macapá tinha acontecido em 2015, também por determinação judicial.
O universitário Angley Pantoja, de 20 anos, foi ao Centro de Macapá e pagou R$1,62, equivalente à meia passagem. Segundo ele, o reajuste também leva um impacto negativo para o orçamento da família.
"O aumento prejudicou não somente eu, mas muitas pessoas que dependem de ônibus para trabalhar e resolver outras coisas. Esse valor é um absurdo se for analisar a qualidade do serviço, que é péssima”, disse Pantoja.
O aumento na tarifa foi mantido, segundo a decisão, até o julgamento do mérito. O magistrado acatou as alegações do Setap de que o atual valor da tarifa não é suficiente para manter a regularidade do serviço de transporte público na capital.
A tarifa autorizada pela Justiça é menor do que a proposta pelo Setap, que era de R$ 3,40. Porém, o valor de R$ 3,25 foi aprovado em abril de 2017 pelo Conselho Municipal de Transporte, formado pelo Setap, CTMac, além de entidades sociais e estudantis.
O novo preço estava em discussão e seria encaminhado para a Câmara de Vereadores para posterior aprovação ou rejeição. Antes do fim desse processo, o Setap entrou na Justiça.
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