terça-feira, 8 de agosto de 2017

Câmara aprova reparcelamento de dívidas do Ipremu em Uberlândia

Projeto de reparcelamento de dívidas do Ipremu foi aprovado em sessão na Câmara Municipal de Uberlândia nesta terça (8) (Foto: Denilton Guimarães/ Câmara de Uberlândia)Projeto de reparcelamento de dívidas do Ipremu foi aprovado em sessão na Câmara Municipal de Uberlândia nesta terça (8) (Foto: Denilton Guimarães/ Câmara de Uberlândia)

Projeto de reparcelamento de dívidas do Ipremu foi aprovado em sessão na Câmara Municipal de Uberlândia nesta terça (8) (Foto: Denilton Guimarães/ Câmara de Uberlândia)

A Câmara Municipal de Uberlândia aprovou nesta terça-feira (8), em primeira votação, o projeto de lei que autoriza a Prefeitura de Uberlândia a parcelar em até 200 vezes os débitos previdenciários relativos ao cálculo atuarial do Instituto de Previdência Municipal de Uberlândia (Ipremu), que corresponde a reajustes devidos pelo órgão. O projeto foi aprovado por 22 votos favoráveis e quatro ausências.

De acordo com o vereador Antônio Carlos Carrijo (PSDB), o projeto de lei 388/2017, de autoria do Executivo, segue o que autoriza a lei federal 11.306/2013, que trata do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) do Ipremu.

"A dívida do cálculo atuarial deixada pela gestão passada já estava parcelada em cerca de 70 vezes e a Prefeitura desembolsava cerca de R$ 900 mil por mês para paga-la. Com o reparcelamento o valor mensal é de R$ 130 mil", explicou.

O que é cálculo atuarial ?

O vereador líder do Executivo na Câmara explicou ainda que o cálculo atuarial é um método utilizado para dimensionar o montante de recursos e de contribuições necessárias ao pagamento de benefícios futuros dos segurados dos Institutos de Previdência Social.

"Todos os regimes próprios de previdência social são obrigados por lei a, anualmente, realizar o cálculo atuarial e buscar o equilíbrio entre os resultados financeiros e a projeção atuarial. Isso era uma das dívidas deixadas que estamos acertando", finalizou.

Situação Ipremu

Desde o ano passado, o G1 mostrou que a situação financeira do Ipremu foi discutida várias vezes na Câmara Municipal. O motivo foram denúncias de que haviam atrasos no repasse da cota patronal e questionamentos sobre como eram feitas as aplicações financeiras pela direção do instituto. O então superintendente disse que, na época, a dívida referente aos atrasos de 2015 foi negociada e garantiu que a parte dos servidores, equivalente ao desconto mensal de 11% na folha de pagamento de cada pessoa, estava sendo repassada normalmente.

Quando assumiu a prefeitura neste ano, o prefeito Odelmo Leão disse que a previsão de déficit de R$ 1,8 bilhão em relação ao cálculo atuarial do Instituto de Previdência Municipal de Uberlândia foi apontado em auditoria. Ele ainda informou que havia uma pendência no valor de R$ 27 milhões em relação ao repasse patronal, que cabe à administração.

Nesta terça-feira (7), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre improbidade administrativa no Ipremu concluiu que houve irregularidades na conduta do ex-superintendente doinstituto, Marcos Botelho, da então Diretora Administrativa Financeira e ex-membro do Comitê de Investimentos, Mônica Resende Silva, e também do ex-prefeito Gilmar Machado.

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