quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Cinco são detidos no 1º dia de operação em olarias de Igaratinga, MG

Olariras recebem visita de investigadores após suspeita de produção de tijolos com dimensões fora do padrão estabelecido (Foto: Polícia Civil/Divulgação)Olariras recebem visita de investigadores após suspeita de produção de tijolos com dimensões fora do padrão estabelecido (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Olariras recebem visita de investigadores após suspeita de produção de tijolos com dimensões fora do padrão estabelecido (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Sete olarias foram fiscalizadas e cinco pessoas detidas nesta quarta-feira (23) em Igaratinga, no primeiro dia da Operação "Bricks" – do inglês, “tijolos”. Realizada pela Divisão Especializada de Investigação de Fraudes da Polícia Civil de Minas Gerais, em parceria com o Instituto de Metrologia e Qualidade de Minas Gerais (Ipem-MG), a ação ocorre até a próxima sexta (25).

Igaratinga é uma das cidades polos na produção de tijolos para construção civil em Minas Gerais. No município, existem cerca de 100 olarias e 18 delas devem receber a visita dos investigadores por suspeita de produzir tijolos com dimensões fora do padrão estabelecido.

“É como pedir 300 gramas de queijo e receber apenas 250 gramas. Há uma infração prevista na Lei de Relações de Consumo de um produto comprado diferente do anunciado”, explicou o delegado Rodrigo Bustamante, que informou, ainda, que a operação a princípio tem o intuito de autuar administrativamente os responsáveis pelas olarias, que podem incorrer a crime caso não regularizem a produção.

Neste primeiro dia de operação, cinco pessoas foram conduzidas à delegacia para prestar declarações e foram posteriormente liberadas. O delegado afirma que a diferença, às vezes de milímetros no padrão de produção dos tijolos podem afetar diretamente os parâmetros estruturais de uma construção.

"Considerando que cada olaria tem uma média de produção de 400 a 600 mil tijolos por mês, dá para se ter uma ideia de como isso pode prejudicar os cálculos de engenharia e até uma obra inteira”, complementou.

A ação teve a parceria do Ipem-MG, que auxiliou na coleta de material para apuração das irregularidades. Caso os responsáveis tornem a não respeitar as especificações técnicas para a manufatura dos tijolos, eles podem responder pelo crime previsto no artigo 7º da Lei 8137/90, que define os crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo e dá outras providências.

“A nossa fiscalização consiste basicamente na defesa do consumidor. A medida metrológica dos tijolos que conferimos comprimento, altura e largura dos blocos”, explicou Geovane Mendes Miranda, diretor de qualidade do Ipem.

O delegado destacou a importância da diligência policial e a parceria com outras instituições. "Combater os crimes contra a relação de consumo leva mais segurança ao consumidor final. A parceria com outras instituições é de suma importância para conferir segurança e credibilidade aos trabalhos da PCMG", finalizou.

Medida metrológica dos tijolos são conferidas (Foto: Polícia Civil/Divulgação)Medida metrológica dos tijolos são conferidas (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Medida metrológica dos tijolos são conferidas (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

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