Em São Luiz Gonzaga, há 225 km de São Luís, o cumprimento de um mandado judicial em um prédio onde funcionou um hospital particular localizou equipamentos pertencentes ao município, que poderiam estar sendo utilizados nas áreas da saúde e educação.
Entre as peças encontradas, tem um fogão industrial com uma espécie de selo indicando que deveria estar sendo usado para alimentar escolar. Em vez disso, este e outros equipamentos estão sendo tomados pela ferrugem. Foram encontrados ainda várias caixas com giz, livros e cadernos, além de bebedouros, berços, carteiras, mesas escolares e colchões novos.
O hospital fechado pertence ao ex-prefeito da cidade, Emanoel Carvalho. De acordo com o juiz Tonny Araújo Luz, o ex-gestor, vai ter que prestar contas pelo fato de todo esse material ter sido encontrado nessas circunstâncias.
“Se for constatado que esse material pertence ao município, o Ministério Público deve adotar as medidas cabíveis, seja no âmbito cível como no criminal. Evidentemente que o requerido terá a oportunidade de provar que aquele material não é de propriedade do município. Isso vai ser apurado”, disse o magistrado.
Tem ainda filtros de ar para veículos, transformador de energia e até cadeira para consultório odontológico para as unidades básicas de saúde.
“Lamentavelmente temos escolas sem bebedouros, que as crianças estão passando por dificuldade, pois a família não tem condição de comprar o material escolar, enquanto lá tem bastante caderno e giz. Tudo isso poderia estar sendo usado por essas crianças”, disse a secretária municipal de Educação, Layse Maria da Silva.
Por telefone, Emílio Carvalho, que é filho do ex-prefeito da cidade, disse que o hospital desativado era alugado para o município e servia de depósito de material da prefeitura. Disse que os colchões novos pertencem ao próprio hospital, e que os outros materiais não estavam mais em condições de uso, mesmo assim, segundo Emílio Carvalho, tudo estava à disposição do município.
O atual prefeito de São Luiz Gonzaga, Francisco Martins Júnior, nega que esse material estivesse à disposição do município e que o ex-prefeito se negava a entregar e, por isso, teve que entrar com uma ação na justiça.
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