quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Ibama liberta animais no Piauí e alerta sobre crimes ambientais

Animais são soltos na natureza após apreensões do Ibama

Animais são soltos na natureza após apreensões do Ibama

Mais de 40 animais foram soltos no Piauí pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Dentre os bichos estavam papagaios, tucanos, pequenos pássaros e saguis. Durante uma semana, os animais ficaram em cativeiro sob cuidados dos técnicos do Ibama em Teresina. No período os animais puderam se recuperar dos traumas causados durante o transporte irregular.

“Aquele que tem a felicidade de chegar aqui sem uma mutilação de asa, que é muito comum. Este tem condição de passar pelo processo de treinamento, reabilitação, toda a parte do protocolo de exames e voltar para este ambiente de aclimatação na propriedade com eventual soltura”, afirmou o médico veterinário do Ibama, Fabiano Pessoa.

Reabilitados fisicamente, os animais seguiram viagem para o seu destino final, a zona Rural da cidade de Caxingó, localizada a 270Km de Teresina. A primeira parada é para liberar os papagaios que estão estressados por conta da viagem. Ele ficarão cerca de 15 dias em um grande viveiro para um período de adaptação.

De acordo com o biólogo Anderson Guzzi, a soltura destes animais acarreta em pontos importantes para a natureza. “Nós temos dois aspectos importantes, primeiro é recompor as populações naturais da região, já que ao longo do tempo esses animais foram muito cassados. A segunda vantagem é formação dos recursos humanos na parte educacional da população”, disse.

Estes animais foram libertados em fazendas parceiras do Ibama, que são importantes na preservação, cuidados e combate à caça. São os proprietários destas fazendas como Prentes Borges Teles , que financiam toda a estrutura para receber os animais.

“Faço esse trabalho há 19 anos, primeiro porque sou veterinário e também porque tenho que cumprir a legislação ambiental. Achei que tinha espaço para tratar dos animais apreendidos e ajudei. Hoje o caçador não é o da região, é gente que vêm de fora para caçar”, afirmou.

Tráfico pode ser punido a nível administrativo e criminal

O chefe de divisão técnica do IBAMA Rômulo Pedrosa, conta que o tráfico de animais silvestres é crime ambiental e afirmou que o responsável pelo tráfico de animais pode responder um processo administrativo dentro do Ibama e um outro processo criminal na Justiça. Apenas este ano, o Ibama já recebeu R$1,3 milhão em multas pagas.

“Essa falsa ideia de beleza dentro de casa é que favorece ainda a figura do traficante. Só existe traficante porque alguém compra. As sanções elas implicam em multas de R$5 mil para os que estão em ameaça de extinção e R$500 para os que não estão nessa lista. Se for constatado o transporte desses animais, o infrator ainda perde o veiculo, que é apreendido”, disse.

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