Delegada Patrícia Ribeiro em entrevista ao MGTV 2ª edição (Foto: Reprodução/TV Integração)
Os dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais (Sesp-MG) indicam que Juiz de Fora teve uma ampliação no número de estupros e estupros de vulneráveis no primeiro semestre de 2017 em relação mesmo período de 2016.
Por outro lado, os dados de homicídios consumados sofreram uma pequena redução. Já as tentativas de homicídio tiveram a maior queda em um primeiro semestre desde 2012.
O número de roubos também caiu em relação ao ano passado, no entanto, a quantidade de registros ainda é maior do que o comparativo com anos anteriores.
Casa da Mulher Juiz de Fora (Foto: Carlos Mendonça/Divulgação)
Registros de Estupros crescem
De acordo com os dados da Sesp, até junho de 2017 foram registrados 13 estupros consumados em Juiz de Fora. O número é aproximadamente 18% maior que em 2016, quando foram feitos 11 registros.
Já os estupros consumados de vulneráveis cresceram cerca de 23% no comparativo entre os anos de 2016 e 2017. Neste ano, foram 27 registros, contra 22 no mesmo período do ano passado.
Para a delegada regional de Polícia Civil de Juiz de Fora, Patrícia Ribeiro, o crescimento que os números mostram não devem ser interpretados apenas como uma ampliação, porque a legislação atualizada estabelece novos critérios para o crime de estupro. “Um dos fatores responsáveis pelo número de registros é a amplitude do tipo penal, que passou a abordar também outras condutas que antes não eram consideradas como estupro”, explicou.
A delegada ressaltou que o trabalho desempenhado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher tem incentivado muitas pessoas que eram abusadas anteriormente a registrarem os crimes, sem medo de eventuais represálias.
“A divulgação dos trabalhos e as consequentes prisões aplicadas ampliam confiabilidade na Delegacia da Mulher. A conscientização da população também contribui para elevação do número de registros”, comentou.
Ela lembrou ainda que, principalmente em relação às crianças, é importante que os pais estejam sempre atentos ao contato dos filhos com outras pessoas através das redes sociais e às mudanças de comportamento dos filhos.
Delegado Rodrigo Rolli falou sobre números de homicídios em Juiz de Fora (Foto: Fellype Alberto/G1)
Homicídios consumados e tentados sofrem redução
Os dados atualizados pela Secretaria indicam uma redução de 5% nos homicídios consumados em Juiz de Fora na comparação entre o primeiro semestre de 2017 e 2016. Neste ano, foram 58 registros, contra 61 no ano passado.
A redução mais expressiva foi nas tentativas de homicídio, que apresentaram o menor valor para um primeiro semestre desde 2012. Até junho de 2017, foram 86 registros - número 30% menor do que no ano passado, quando foram registrados 123 casos.
A delegada regional atribuiu à redução do número de registros à celeridade do trabalho realizado pela Delegacia Especializada em Homicídios (DEH) na identificação e prisão dos autores.
“Uma das prioridades da Policia Civil é a redução do número de homicídios e, para isso, a DEH vem trabalhando com a máxima celeridade para identificação e prisão dos autores. Temos também observado que as investigações vêm repercutindo em condenações, o que reduz a sensação de impunidade”, concluiu.
O delegado responsável pela delegacia em questão, Rodrigo Rolli, informou que a redução é ainda maior do que a registrada pela Sesp, tendo em vista que os números apresentados contam não apenas com homicídios, mas também com latrocínios ocorridos em Juiz de Fora.
Roubos também caíram
O número de registros de roubos consumados sofreu redução, de acordo com a Sesp. No comparativo do primeiro semestre dos anos de 2017 e 2016, quando foram 895 e 1.050 registros, respectivamente.
Apesar da redução em relação, o número de roubos ainda é superior aos anos anteriores. Em 2015, foram registrados 782 casos. Já em 2014, 708 e em 2013, 629 . A maioria das ocorrências é referente a roubos a transeuntes.
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