Campanha com adesivos avisam sobre velocidade reduzida provocada por buracos em Santana (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)
Um protesto diferente está mobilizando motoristas da cidade de Santana, no Amapá. Carros adesivados com os dizeres: "Velocidade controlada por buracos" ganharam as ruas e chamam atenção para as condições de tráfego no município, que fica a 17 quilômetros de Macapá.
A iniciativa foi da família da estudante de arquitetura Simone Colares após inúmeras idas a oficina para levar o carro dos pais. Revoltados com a situação, eles resolveram há pouco mais de um mês, protestar de forma irreverente sobre a falta de pavimentação nas vias.
“O carro que o meu pai trabalha já quebrou a direção, já teve problema na roda, entortou a calota. Ou a pessoa controla a velocidade ou perde a direção do veículo”, falou Simone, explicando que os adesivos são de vários tamanhos e foram custeados pela família.
Família Colares produziu adesivos para outros moradores (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)
Não são necessários semáforo, guardas, ondulações e sinalizadores de redução de velocidade ou placas de trânsito para andar a 30 quilômetros por hora, dizem os moradores.
“Aqui é só entre 20 e 30 [quilômetros por hora]. Eu só ando de primeira e de segunda marcha. Meu carro está para ‘bater’ o motor já. Não tem condições”, reclamou o autônomo Edson Pantoja.
Adesivo alerta: 'Velocidade controlada por buracos!' (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)
A situação teria piorado com as obras de um projeto de mobilidade urbana da Secretaria Estadual de Transportes (Setrap). Os trabalhados chegaram a paralisar por falta de material para aplicar o asfalto. No entanto, a Secretaria Municipal de Obras de Santana informou à Rede Amazônica que, ainda esta semana, várias ruas contempladas com o projeto serão asfaltadas.
“A situação está triste. Essa aqui é uma das ruas principais de Santana. Você pode ver como está. A população está precisando”, reforçou o autônomo Patrick Bandeira.
Motoristas reclamam da quantidade de buracos e velocidade a 30 quilômetros por hora (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)
*Com informações da Rede Amazônica
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