Brinquedos são feitos por internos do Iapen e podem ser adquiridos entre os preços de R$ 25 e R$60. (Foto: Carlos Alberto Jr/G1)
Animais, carros, e até personagens do jogo Minecraft estão compondo a nova exposição de produtos do projeto "D'chance", que consiste em produções de madeira feitas por internos do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Ao todo, são mais de 100 peças que estão sendo vendidas a preços entre R$ 25 e R$ 60.
Os brinquedos estão expostos em um stand no Monumento Marco Zero do Equador, na Zona Sul de Macapá e ficarão até o fim de outubro ou quando todos os objetos forem vendidos.
A mostra quer aproximar os internos com a sociedade. Para isso, eles trabalharam com peças elaboradas, que imitam veículos antigos, animais, formas geométricas, bonecos de super-heróis e até jogadores de futebol.
Peças que aproximam as crianças atuais ou despertam a nostalgia, como foi o caso do turista Luiz Antônio Poletto. O paulista de 68 anos visita o estado pela primeira vez e ficou surpreso com a criatividade dos detentos.
"Além de bem feito, é super interessante a iniciativa. Uma vez que elas ajudam a eles passarem o tempo e a mostrar o talento deles para a sociedade", contou Poletto.
Luiz Antônio Poletto ficou impressionado com o talento dos artesões (Foto: Carlos Alberto Jr/G1)
As obras são confeccionadas por internos da Marcenaria Escola Educador Jhonathan Rarife, que funciona dentro do Iapen há mais de 30 anos. Para cada três dias de trabalho, o apenado tem direito a um dia de redução na condenação e só participam aqueles que apresentam bom comportamento e demonstram interesse em se ressocializar.
Atualmente, o projeto conta com a participação de 10 artesãos. Para as vendas dos produtos, 50% do valor vai para a manutenção do projeto e a outra metade vai para a família do interno.
Para o diretor do Iapen, Lucivaldo Monteiro, a iniciativa tem um enorme potencial por dar oportunidade aos reeducandos. Eles aprendem uma nova profissão e podem ter o trabalho divulgado e reconhecido.
“Isso mostra um dos trabalhos de reintegração através da laborterapia dentro do Iapen e desmistifica a ideia de que apenas mantemos as pessoas presas”, afirma o diretor.
Brinquedos ficarão expostos durante todo o mês ou até quando todos os produtos forem vendidos (Foto: Carlos Alberto Jr/G1)
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