quarta-feira, 1 de novembro de 2017

AP registra segunda maior taxa de estupro do país e a primeira do Norte em 2016, segundo anuário

Amapá registrou a segunda maior taxa de estupro contra mulher do país em 2016 (Foto: Pixabay )Amapá registrou a segunda maior taxa de estupro contra mulher do país em 2016 (Foto: Pixabay )

Amapá registrou a segunda maior taxa de estupro contra mulher do país em 2016 (Foto: Pixabay )

O Amapá registrou a segunda maior taxa de estupro contra mulher do país em 2016. São 49,2 casos para cada grupo de 100 mil pessoas. Em números absolutos, foram 385 notificações, 61 a mais que em 2015. Os dados estão no 11º Anuário Brasileiro da Segurança Pública, divulgado na segunda-feira (30). O estado ficou atrás somente de Mato Grosso do Sul, com 54,4 ocorrências por 100 mil habitantes.

De 2015 a 2016 houve um aumento de 16,5% casos confirmados, mais de quatro vezes acima da média nacional, que foi de 3,5%. Segundo a Lei Federal 12.015/2009, é considerado “estupro” a conjunção carnal, os atos libidinosos e atentados violentos ao pudor.

Os dados informados correspondem ao volume de ocorrências policiais registrado e indicado pelas secretarias estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Na Região Norte o Amapá lidera o ranking, ficando a frente de Roraima (2º), Rondônia (3º), Pará (4º), Tocantins (5º) e Amazonas (6º). Acre não apresentou registro para o levantamento referente ao ano de 2016.

No Brasil foram registrados o total de 49.497 estupros, o que significa que ocorreram, em média, 135 ocorrências por dia em 2016, uma taxa equivalente a 24 casos para cada 100 mil habitantes, dos mais de 206 milhões estimados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para aquele ano.

Dos 385 estupros registrados no estado em 2016, 294 deles ocorreram em Macapá (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Dos 385 estupros registrados no estado em 2016, 294 deles ocorreram em Macapá (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Dos 385 estupros registrados no estado em 2016, 294 deles ocorreram em Macapá (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Na capital Macapá

O anuário aponta que dos 385 estupros registrados no estado em 2016, 294 deles ocorreram em Macapá. Já em 2015 foram 257 ocorrências, uma variação de 12,1% de um ano para o outro. Belém, que a cidade mais próxima geograficamente da capital amapaense, aparece estável. Lá, foram 479 crimes em 2015 e 481 em 2016, sem variação média.

Somente de janeiro a julho deste ano em Macapá, o índice de estupro contra crianças, adolescentes e mulheres adultas chegou a 151 casos, e meninas com menos de 18 anos são as mais violentadas, de acordo com levantamento feito pela Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DCCM) e pela Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca).

Os dados são preocupantes e acendem a luz vermelha para a discussão sobre a leitura desses indicadores. Se o que ocorreu foi o aumento do número de estupros, ou se as mulheres passaram a denunciar mais. Para a titular da Delegacia de Crimes contra a Mulher (DCCM) Clívia Valente, a resposta é que elas estão mais encorajadas.

“A mulher hoje se sente mais segura e tem mais acesso a informação. Ele vem se fortalecendo cada vez mais e percebe que não pode e não deve mais se deixar ser vítima da violência”, avalia a delegada.

O 11º Anuário Brasileiro da Segurança Pública também pesquisou nos estados da federação como é feito o atendimento à mulher em situação de violência. Para isso, a pesquisa ouviu profissionais que lidam diretamente com esse público, mas conforme o gráfico divulgado, o Amapá não respondeu aos questionamentos.

Esse item busca saber se as delegacias se achavam suficiente ou insuficiente para atender a demanda da população local; se as delegacias receberam treinamento para atender especificamente mulheres vítimas de violência; e o que mais dificulta o atendimento às mulheres vítimas de violência nas delegacias.

Tem alguma notícia para compartilhar? Envie para o VC no G1 AP ou por Whatsapp, nos números (96) 99178-9663 e 99115-6081.

0 comentários:

Postar um comentário