quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Polícia do AP descarta overdose e diz que adolescente morreu em festa após ser atingida por rojão

Mariana da Silva Monteiro estava em festa no bairro Santa Rita, em Macapá (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)Mariana da Silva Monteiro estava em festa no bairro Santa Rita, em Macapá (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

Mariana da Silva Monteiro estava em festa no bairro Santa Rita, em Macapá (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

A Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) descartou a suspeita que a adolescente Mariana da Silva Monteiro, de 15 anos, morreu de overdose durante uma festa no dia 28 de outubro, em uma residência no bairro Santa Rita, na Zona Sul de Macapá. Segundo a polícia, a jovem foi atingida por um rojão lançado de uma casa vizinha, que explodiu no peito da vítima. Ela teve hemorragia interna.

De acordo com o delega Sidney Leite, a informação foi repassada pela equipe de perícia da Polícia Técnico-Científica (Politec) que constatou a morte rompimento no baço apos agressão. Ela faleceu horas depois no Hospital de Emergências (HE).

“As primeiras informações apontaram que ela morreu de overdose apos consumir álcool e drogas na festa, mas isso foi descartado, pois a perícia apontou que ela teve a ruptura no baço, em razão de ter sido atingida pelo rojão, que explodiu e ocasionou em hemorragia interna ” destacou.

Delegado Sidney Leite, da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (Foto: Jéssica Alves/G1)Delegado Sidney Leite, da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (Foto: Jéssica Alves/G1)

Delegado Sidney Leite, da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (Foto: Jéssica Alves/G1)

O suspeito de lançar o rojão foi identificado pela polícia e prestou depoimento na terça-feira (31). Segundo Leite, ele confessou que jogou o objeto, mas sem a intenção de atingir os participantes da festa. O fato será investigado e o vizinho pode responder por homicídio culposo ou doloso qualificado, pela utilização de explosivos.

“Ele contou que jogou o objeto para o alto, para espantar pombos que estavam próximo à casa dele. Entretanto, as investigações mostram que o corpo da adolescente tinha queimadura e marca de ter sido atingida pelo objeto, que foi arremessado do alto. Em fotos e vídeos, é possível ver a jovem no local onde o rojão caiu”, explicou o delegado.

Em entrevista à Rede Amazônica no Amapá, a mãe de Mariana contou que o rojão disparado foi o que causou a morte da filha em função de uma hemorragia interna, e segundo ela, não houve o óbito por overdose.

Adolescente foi atendida no Hospital de Emergências (HE) de Macapá (Foto: John Pacheco/G1)Adolescente foi atendida no Hospital de Emergências (HE) de Macapá (Foto: John Pacheco/G1)

Adolescente foi atendida no Hospital de Emergências (HE) de Macapá (Foto: John Pacheco/G1)

O impacto do disparo teria contribuído para que a jovem sofresse um mal súbito causando a parada cardíaca. Ela afundou na piscina, e ela estava vomitando sangue, informou a polícia. A adolescente foi encaminhada ao hospital e alegou sofrer fortes dores.

Cerca de 10 pessoas foram ouvidas pela Polícia Civil, que ainda não concluiu o inquérito. Mariana estava na casa acompanhado de amigos e a irmã de 18 anos. Segundo as investigações, os participantes, incluindo a adolescente, consumiram álcool e fez uso de cocaína.

A investigação busca saber a origem da cocaína e quem ofereceu a droga e o álcool para Mariana. O delegado enfatiza que os organizadores podem responder por fornecer droga a menor. Os proprietários da casa onde ocorreu a festa também serão ouvidos e poderão ser indiciados, ressaltou o delegado.

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