quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Procon de Divinópolis instaura processo administrativo contra a Copasa 

Em setembro, moradores do Bairro Vila das Roseiras registraram que água fornecida pela Copasa apresentava cor escura (Foto: Arquivo pessoal/ Joana Machado)Em setembro, moradores do Bairro Vila das Roseiras registraram que água fornecida pela Copasa apresentava cor escura (Foto: Arquivo pessoal/ Joana Machado)

Em setembro, moradores do Bairro Vila das Roseiras registraram que água fornecida pela Copasa apresentava cor escura (Foto: Arquivo pessoal/ Joana Machado)

O Procon de Divinópolis informou nesta quinta-feira (30) ter instaurado um processo administrativo contra a Companhia de Saneamento Básico de Minas Gerais (Copasa) solicitando a restituição imediata da quantia paga pelos consumidores.

De acordo com o gerente do Procon, Ulisses Damas Couto, a concessionária poderá sofrer sanção administrativa, prevista no Código de Defesa do Consumidor, com multa de até R$ 10,1 milhões. A Copasa informou que não vai se manifestar sobre o assunto porque não foi notificada.

No dia 26 de agosto diversos moradores da cidade receberam em suas residências uma água com coloração amarelada e de forte odor. Na ocasião, a Copasa alegou que a água ficou turva em decorrência das intervenções realizadas pela empresa na Estação de Tratamento de Água (ETA) Itapecerica.

Entretanto, o episódio se repetiu nos meses seguintes. Em virtude disso, em setembro, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) coletou amostras de água que foram enviadas para análise, mas os resultados não demonstraram impropriedade para o consumo.

Para Couto a estatal prestou um serviço defeituoso à população oferecendo água de qualidade duvidosa, o que, segundo ele, causou riscos à saúde dos moradores. O gerente do Procon disse que uma audiência de conciliação com a Copasa foi agendada para o dia 12 de dezembro e que a concessionária foi notificada no dia 11 deste mês.

“Na época, embora não tenha sido possível mensurar os riscos daquele produto à população, ficou evidente a existência de alteração na água fornecida, tendo em vista que a água potável possui características próprias, respeitando as suas propriedades físicas, químicas, biológicas e radioativas, e deve ser incolor, insípida e inodora e, obviamente, livre de contaminações”, afirmou.

Em nota ao G1, a Copasa informou que não recebeu nenhuma notificação do Procon de Divinópolis relativa à qualidade da água distribuída na cidade e, por isso, não irá se pronunciar sobre o assunto.

A companhia destacou ainda que a "água distribuída na cidade atende aos padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria 2914/11, do Ministério da Saúde".

No dia 14 de setembro, a Câmara Municipal nomeou os vereadores Ademir Silva, Cleiton Azevedo, Sargento Elton, Zé Luiz da Farmácia e Roger Viegas para compor a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) , que está investigando as denúncias contra a Copasa em Divinópolis.

0 comentários:

Postar um comentário