A diversidade das espécies é a atração do Orquidário Municipal Terezinha Leite Chaves, localizado na área do Horto Municipal, no bairro Jardim Felicidade, Zona Norte de Macapá. O acervo reúne mais de 380 diferentes tipos de plantas da família “Orchidaceae”.
Metade das espécies de orquídeas catalogadas são nativas da Amazônia, segundo o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), que fornece amostras das plantas identificadas no estado e estudadas em laboratórios.
Pela manhã, o orquidário é aberto ao público, entre 8h e 11h, de segunda a sexta-feira. Em outros horários e para grupos, como estudantes e turistas, é necessária autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), solicitada através de ofício.
O pesquisador e biólogo do Iepa, Patrick Cantuária, conta que quando iniciou os trabalhos em busca de orquídeas nativas da Amazônia haviam apenas 156 espécies no orquidário. Ele usou os resultados como base da graduação de doutorado.
“A gente fez uma lista para esse grupo de plantas do Amapá e foi constatado que as informações que existiam sobre as orquídeas eram poucas. Com o levantamento que finalizei, houve um salto para mais de 200 espécies que não tinham sido identificadas para nosso estado”, disse.
Cantuária reforça a importância do orquidário, fundado em 2011. Para ele, o acervo representa a diversidade em plantas que podem ser encontradas da região amazônica, em destaque no território amapaense. Entre as mais comuns encontradas por aqui estão Dendrobium phalaenopsis, Denphal phalaenopsis, Phalaenopsis, Phalaenopsis hibrido, Vanda e Catasetum.
“Estamos no meio da maior floresta tropical do mundo então isso representa que temos a maior diversidade, mas nós não conhecemos nem um terço. O orquidário é importante para as pessoas conhecerem essa biodiversidade”, continuou.
De acordo com a secretária-executiva da Semam, Fátima Almeida, curadora do orquidário, cada espécie exige uma atenção diferente. Para ela, o acervo é fruto de trabalho e amor à diversidade das plantas.
“A orquídea é uma planta que faz a gente se apaixonar por ela. Quando comecei a cuidar, acabei conhecendo novas espécies e o amor só foi aumentando. Como profissional, o orquidário me satisfaz muito em questão de trabalho”, finalizou Fátima.
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