Júri Simulado foi promovido no Fórum de Macapá (Foto: Jorge Abreu/G1)
Com um caso criminal verídico e uma juíza diante do processo, acadêmicos de direitos participaram de um júri simulado nesta sexta-feira (1º), no qual interpretaram defesa, acusação, escrivães, oficiais de Justiça e personagens, como réu e testemunhas. O evento ocorreu no Fórum de Macapá.
De acordo com o coordenador do Núcleo de Práticas Jurídicas de uma faculdade particular, Leorimir Furtado Júnior, a proposta é promover o envolvimento de cerca de 200 estudantes do 9º e 10º semestre com experiências do mercado de trabalho.
“Pegamos um caso real e, a partir daí, os estudantes começaram a estudar o caso com orientação de professores para chegar até esse juri simulado. Na ocasião, eles sustentam as teses de acusação e defesa. A juíza que participou foi convidada pela gente para conduzir a simulação”, disse.
Leorimir Furtado Júnior, coordenador do Núcleo de Práticas Jurídicas e professor (Foto: Jorge Abreu/G1)
Os futuros profissionais jurídicos tiveram dois meses para se preparar para o simulado. Segundo Leorimir Furtado Júnior, os acadêmicos passaram por treinamentos com juízes, advogados e peritos criminais, além de oficinas de oratória.
A trama do simulado envolveu um caso de homicídio com ocultação de cadáver que repercutiu na imprensa amapaense. Na sentença real, o réu foi condenado a 14 anos de prisão. Já no simulado, o desfecho foi outro, o acusado teve 16 anos e quatro meses de sentença decretada. Mais de 450 estudantes acompanharam o julgamento no plenário.
Luanne Silva, acadêmica do curso de direito (Foto: Jorge Abreu/G1)
Para a estudante Luanne Silva, de 24 anos, o trabalho acadêmico colaborou com conhecimentos importantes sobre a profissão que pretende seguir. Ela fazia parte da defesa e destaca que foi além do curso de direito para reunir os argumentos.
“Assistir aos debates no tribunal do juri com as teses argumentativas de defesa e acusação têm um efeito primordial na vida acadêmica. Essa área tem uma peculiaridade de não tratar apenas no âmbito processual, da lei em si, mas como também está em correlato com as demais áreas como psicologia e medicina legal”, contou, entusiasmada.
Acadêmico Adryan da Luz interpretou um promotor durante o simulado (Foto: Jorge Abreu/G1)
Na reta final da faculdade, o acadêmico Adryan da Luz, de 27 anos, conta que o evento foi mais uma das confirmações que teve sobre a carreira quer seguir na área criminal. Ele interpretou um promotor.
“Esse momento é muito importante porque apresentamos um contexto diferente do que passamos na faculdade com conteúdo e teorias. É muito gratificante chegar aqui e colocar em prática o que eu vim estudando todo esse tempo e confirmar que e isso que quer para minha vida”, finalizou.
Cerca de 450 estudantes acompanharam o trabalho acadêmico (Foto: Jorge Abreu/G1)
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