Dificuldades para organização do Carnaval de Juiz de Fora são discutidas em audiência

Audiência Pública discute Carnaval 2018 em Juiz de Fora (Foto: Reprodução/TV Integração)

As dificuldades para financiar o Carnaval de 2018 em Juiz de Fora foram discutidas na tarde desta terça-feira (12), em uma audiência pública realizada na Câmara Municipal.

A Prefeitura apresentou uma proposta de captação de recursos privados para pagar a festa e representantes das escolas de samba protestaram.

No dia 9 de outubro deste ano, a Liga Independente das Escolas de Samba da cidade (Liesjuf) informou o cancelamento da disputa para 2018 em sua página oficial. A liga declarou que a decisão ocorreu porque a Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) não garantiu o repasse dos recursos necessários para organização dos desfiles.

Ritmistas protestaram em saguão da Câmara de Juiz de Fora (Foto: Reprodução/TV Integração)

O ritmista Lucas da Silva declarou que a alegação da Prefeitura de que não possui dinheiro para financiar os desfiles não é aceitável.

“Um carnaval que já foi considerado o segundo melhor do país chegar a uma decadência dessa é inadmissível”, protestou.

Os representantes das escolas de samba cobraram um posicionamento do superintendente da Funalfa, Rômulo Veiga, que por sua vez, revelou que está buscando recursos junto à iniciativa privada e cobrou que as escolas também executem projetos, pois segundo ele, o Executivo não consegue arcar sozinha com os custos da festa.

“Eu acho o prognóstico negativo, mas eu não desisti ainda e sigo visitando empresas todos os dias na busca pela captação de recursos”, revelou.

Na última quinta-feira (7) a Liesjuf comunicou o cancelamento também do concurso que iria eleger as Rainha e Princesas do carnaval de 2018 da cidade.

Impasse envolve repasse de recursos

Este é mais um capítulo da crise na realização do carnaval 2018 na cidade. Em outubro, a Liga anunciou o cancelamento dos desfiles competitivos do próximo ano, por causa da falta de recursos. O documento, assinado pelo presidente da Liesjuf, Marcos Tadeu Soares, declarou como irrevogável a decisão de cancelar os desfiles.

Essa não é a primeira vez que a falta de verba afeta a festa. Em 2016, a competição também foi cancelada depois que a Funalfa anunciou um corte de mais de 50% no orçamento das agremiações.