A superlotação pode ter sido fator determinante para o naufrágio de um barco na tarde de domingo (10) no Rio Branco, em Boa Vista, informou nesta segunda (11) o coronel Everson Cerdeira do Corpo de Bombeiros. Três dos dez ocupantes estão desaparecidos.
O barco afundou por volta das 16h40 do domingo quando um grupo de dez homens, sendo nove venezuelanos e o condutor brasileiro, atravessavam o rio. Um deles tentou entrar na embarcação e ela virou. Sete homens conseguiram nadar até a margem, mas três sumiram na água.
Os desaparecidos foram identificados pela Polícia Militar como Elvis Enrique Lopez Espizona, de 30 anos, Hector Daniel Vilarroel Otaiza, de 31 e Nelson José Lopez, 28, conforme registro feito no 5º Distrito Policial.
Segundo o coronel, que chefia a operação de buscas, o barco estava superlotado, porque tinha capacidade para, no máximo, cinco ou seis pessoas. Além disso, todos os ocupantes e o condutor estavam sem coletes salva-vidas.
"Se eles tivessem respeitado a capacidade do barco, que era de até 6 pessoas, e utilizassem o colete, isso [desaparecimento] não teria acontecido", declarou .
Ele também afirmou que a operação de buscas pelos venezuelanos deve continuar por até quatro dias, mas o prazo pode ser estendido. Os bombeiros procuram pelos desaparecidos na superfície e mergulhando no rio.
Embarcação encontrada
Segundo o coronel, a embarcação que naufragou foi encontrada nesta manhã a quase meio quilômetro do local onde afundou. O barco, que tem pouco mais de cinco metros, é de alumínio e tinha muitas avarias, incluindo um buraco na parte da frente.
"A embarcação estava bastante danificada, quase sem condições de uso", descreveu Cerdeira, acrescentando que o barco foi retirado do rio e entregue para a perícia.
Ele disse ainda que a Polícia Civil vai investigar as circustâncias do naufrágio e o condutor pode responder criminalmente pelo ocorrido. O G1 fez contato com a assessoria do governo para saber o andamento da investigação e aguarda retorno.
Por fim, o coronel Everson Cerdeira disse que os banhistas que atravessarem o Rio Branco em embarcações devem ficar atentos com a utilização de coletes salva-vidas, além de observar a capacidade do barco.
"A gente também recomenda pra quem for pra consumir bebidas alcoólicas, evite entrar na água", alertou o coronel.
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