sábado, 20 de janeiro de 2018

Missa é realizada em protesto por mortes de peixes no rio Araguari, no Amapá

Cerca de 50 manifestantes se reuniram para missa em protesto às margens do rio Araguari (Foto: Moroni Guimarães/Arquivo Pessoal)Cerca de 50 manifestantes se reuniram para missa em protesto às margens do rio Araguari (Foto: Moroni Guimarães/Arquivo Pessoal)

Cerca de 50 manifestantes se reuniram para missa em protesto às margens do rio Araguari (Foto: Moroni Guimarães/Arquivo Pessoal)

Pescadores e ribeirinhos que vivem às margens do rio Araguari, em Ferreira Gomes, a 137 quilômetros de Macapá, participaram de uma missa em protesto pela falta de providências em relação a grande mortandade de peixes que acontece desde 2014 na região. Cerca de 50 manifestantes participaram do ato, na sexta-feira (19).

A hidrelétrica Cachoeira Caldeirão, que opera na cidade, é apontada pelos pescadores como a causadora do desastre ambiental, informou o professor Moroni Guimarães, que participou do protesto organizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

“Estamos aqui lamentando a impunidade da hidrelétrica, pois encerrou o prazo para a empresa se manifestar, mas nada foi feito. Então a missa foi um ato simbólico pelo grande prejuízo econômico e ambiental que este ato trouxe para os pescadores e ribeirinhos”, destacou.

Moradores passam por necessidades devido à falta de peixes para comercialização (Foto: Moroni Guimarães/Arquivo Pessoal)Moradores passam por necessidades devido à falta de peixes para comercialização (Foto: Moroni Guimarães/Arquivo Pessoal)

Moradores passam por necessidades devido à falta de peixes para comercialização (Foto: Moroni Guimarães/Arquivo Pessoal)

O aparecimento de peixes mortos foi sempre atribuído pelos ribeirinhos a manobras irregulares supostamente feitas pela hidrelétrica, que sempre negou culpa pela mortandade.

Segundo Moroni, os moradores atualmente passam necessidade devido a falta de peixes para comercializar no município e consumo próprio.

Eles também cobraram pagamento de indenizações para diversas famílias atingidas pela enchente ocorrida em 2015 que não foram feitas pela empresa EDP, responsável da hidrelétrica Cachoeira Caldeirão, construída na região rural de Ferreira Gomes. Cerca de 400 pessoas, entre chefes de família e comerciantes vão receber valores fixados em R$ 20 mil e R$ 35 mil, respectivamente

O nível do rio subiu 5,5 metros após a hidrelétrica ter liberado o volume de água represada no empreendimento, aponta uma investigação da Polícia Civil. A água inundou residências e prédios públicos.

O G1 tentou contato com ambas a empresa citada no protesto dos ribeirinhos, mas não houve resposta até a última atualização desta reportagem.

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