quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Polícia Civil vai pedir nova avaliação de escola para vigilantes após caso de bala perdida em Divinópolis

A Polícia Civil quer que os órgãos competentes avaliem se a estrutura e local de funcionamento estão apropriados (Foto: Cezar Mendes/Arquivo Pessoal)A Polícia Civil quer que os órgãos competentes avaliem se a estrutura e local de funcionamento estão apropriados (Foto: Cezar Mendes/Arquivo Pessoal)

A Polícia Civil quer que os órgãos competentes avaliem se a estrutura e local de funcionamento estão apropriados (Foto: Cezar Mendes/Arquivo Pessoal)

A Polícia Civil de Divinópolis prossegue com as investigações sobre o caso de uma bala perdida que atingiu de raspão um homem, de 40 anos, e estilhaços de vidro atingiram o filho dele de três meses. O disparo foi feito de dentro de uma escola para vigilantes. Nova avaliação do local será pedida e uma arma foi apreendida para passar por perícia.

Estava agendada para esta terça-feira (30) uma oitiva com os advogados dos representantes da escola para vigilantes, mas, segundo a delegada responsável pelo caso, Adriene Lopes, o depoimento foi adiado porque ela solicitou uma série de documentos aos responsáveis.

A delegada destaca que os órgãos que fiscalizam este tipo de escola serão comunicados do fato. “Enviaremos o Boletim de Ocorrência e os laudos periciais e vamos pedir uma nova avaliação para saber se a estrutura e o local são adequados para esta prática de atividade”, revelou Adriene.

Ainda segundo a delegada, a arma de onde partiu o disparo foi apreendida. “Ela passará por exames periciais e de balística, já que encontramos um projétil no apartamento da vítima”, destacou.

Os advogados apresentaram a delegada um nome do provável suspeito do disparo. “Trata-se de um aluno, mas ainda não o ouvimos. As investigações continuam”, finalizou.

Em nota, a assessoria de comunicação do Exército informou que até esta terça-feira (30), o Setor de Fiscalização de Produtos Controlados da 4ª Região Militar (SFPC/4) não foi comunicado do ocorrido. Assim que isso for feito, será acionada uma equipe de pronto emprego de Produto Controlado pelo Exército (PCE), para ser deslocado para área (ponta de lança) para colher informações.

O órgão ainda destacou que é permitida uma escola com prática de tiros na área urbana, desde que atenda as exigências previstas no Decreto 3.665, de 20 de novembro de 2000; no Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105); na Portaria nº 56-COLOG, de 5 de junho de 2017; e na Instrução Técnico-Administrativa nº 10, de 4 de julho de 2017. Além disso, se for o caso, haverá vistoria nas instalações, após a adoção das medidas de controle que garantam a segurança do local e da população, com apoio dos órgãos especializados.

O caso aconteceu na tarde do último domingo (28). O comerciante Cezar Mendes Andrade, de 40 anos, contou que estava no quarto com o filho. Quando foi colocá-lo na cama, ouviu o barulho do tiro e a janela quebrando, além de perceber que havia sido atingido de raspão no braço.

“Foi a conta de eu abaixar a cabeça para colocar meu filho na cama, aconteceu tudo. Percebi que havia tomado um tiro e gritei. Graças a Deus ela [a bala] já tinha perdido velocidade porque atingiu a janela e a parede, mas eu poderia estar morto e poderia ter atingido meu filho”.

A criança foi atingida pelos estilhaços do vidro, mas não se feriu com gravidade e a vítima também não corre risco de morrer. “Eu fico por entender como que uma escola dessa funciona em uma área residencial, do lado de uma escola infantil? Toda hora tem uma criança na rua”, questionou Cezar.

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