quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

MPF inclui Anglo em ação que cobra R$ 100 milhões por desabamento de porto no AP

Área do porto em Santana, onde houve o desabamento (Foto: Agência Amapá de Notícias)Área do porto em Santana, onde houve o desabamento (Foto: Agência Amapá de Notícias)

Área do porto em Santana, onde houve o desabamento (Foto: Agência Amapá de Notícias)

Quatro empresas do grupo econômico Anglo foram incluídas pelo Ministério Público Federal (MPF) no Amapá na ação civil pública que cobra a reparação ambiental do acidente que resultou no desabamento do porto de exportação de minério da cidade de Santana, a 17 quilômetros de Macapá. A tragédia em março de 2013 matou seis pessoas, sendo duas nunca encontradas.

Além das vítimas, o acidente destruiu toda a estrutura do porto, arrastando veículos, equipamentos e grande quantidade de minério de ferro para dentro do rio Amazonas.

Segundo o MPF, a Anglo foi incluída no processo por ser um dos "agentes que tiveram relação na área", mesmo tendo transferido o controle acionário posteriormente para Zamin.

Desde o ocorrido, a empresa sempre negou a culpa pelo acidente. Em nota enviada ao G1 nesta quarta-feira (30), a Anglo declarou que está avaliando o pedido do MPF e irá se pronunciar sobre o pedido de reparação no momento oportuno.

"Com relação ao acidente ocorrido, em 2013, no Sistema Amapá, destacamos que o deslizamento ocorreu em função de um colapso abrupto e inesperado do solo no Porto de Santana, conforme indicaram estudos realizados à época por especialistas em engenharia civil (...). Portanto, sem qualquer responsabilidade que possa ser imputada à Anglo American", diz a nota.

Área que foi 'engolida' pelo rio no acidente no porto (Foto: Graziela Miranda/Arquivo G1)Área que foi 'engolida' pelo rio no acidente no porto (Foto: Graziela Miranda/Arquivo G1)

Área que foi 'engolida' pelo rio no acidente no porto (Foto: Graziela Miranda/Arquivo G1)

O Ministério quer o bloqueio de R$ 100 milhões como garantia de reparo ambiental das áreas degradadas. As quatro empresas do grupo incluídas na ação foram: Anglo Ferrous Brazil S.A, Anglo American Brasil Ltda, Anglo Ferrous Brazil Participações e Anglo American Investimentos – Minério de Ferro Ltda.

Apesar de à época a administração do terminal estar sob responsabilidade da empresa Anglo Ferrous, a ação pediu inicialmente a condenação da Zamin pelo fato de as duas integrarem o mesmo grupo.

Após o acidente, a Anglo anunciou em setembro de 2013 a venda das minas de ferro no Amapá por 136 milhões de dólares. A Zamin comprou os ativos, mas ainda não concluiu as obras de recuperação da área portuária atingida.

"Esclarecemos ainda que a venda dos ativos da Anglo American no Amapá para a Zamin Ferrous foi iniciada em 2012, antes do acidente, e concluída em novembro de 2013, por meio de uma operação comercial regular, realizada entre dois grupos independentes e distintos", completa a nota.

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