quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Polícia apreende carro blindado e granada com suspeitos de matar 14 em chacina no Ceará

Polícia apreende carro blindado e granada com facção autora da maior chacina do Ceará

Polícia apreende carro blindado e granada com facção autora da maior chacina do Ceará

As investigações da chacina das Cajazeiras, em Fortaleza resultaram na apreensão de uma granada de uso exclusivo do Exército, carro blindado, pistolas e outras armas de fogos, segundo divulgou a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa nesta quarta-feira (28), após um mês da data do crime. Dez suspeitos também foram presos, incluindo o homem apontado como o mandante da matança.

O massacre no Bairro Cajazeiras deixou 14 pessoas mortas depois do ataque de homens armados a uma casa de shows. O crime aconteceu em 27 de janeiro e foi motivado por disputas entre facções criminosas.

A Divisão de Homicídios montou um núcleo especializado para apurar todos os detalhes da chacina. A equipe é formada por delegados, inspetores e escrivães, com foco exclusivo no caso.

Apreensões

"Forró do Gago", no Bairro Cajazeiras, em Fortaleza. (Foto: Cinthia Freitas/G1CE)

Até então, a polícia apreendeu 500 munições, três revólveres 38, uma pistola 9 mm, uma pistola .40, uma espingarda 12 e uma granada M3. Também foram encontrados 23 quilos de maconha, além de dois veículos, sendo um deles blindado.

De acordo com a polícia, todos os materiais encontrados estavam com as dez pessoas que foram presas, ou nas áreas em que elas atuavam. Um dos presos confessou ter participado da chacina, queimando um dos veículos usados na fuga.

Fontes da Divisão de Homicídios afirmaram que a polícia está mapeando quantas pessoas ainda estão envolvidas no massacre e outras prisões devem acontecer.

Mandante do crime

O homem apontado como um dos mandantes do crime, conhecido como "De Deus", foi preso na casa onde mora, onde foi encontrada uma arma que a polícia diz ter sido usada na chacina.

Ele foi solto com a compra de habeas corpus em um esquema criminoso envolvendo desembargadores do Tribunal de Justiça do Ceará, que vendiam por até R$ 150 mil ordens de soltura.

Grupo armado invade festa e deixa mortos e feridos em Fortaleza. (Foto: Infográfico: Karina Almeida/G1)Grupo armado invade festa e deixa mortos e feridos em Fortaleza. (Foto: Infográfico: Karina Almeida/G1)

Grupo armado invade festa e deixa mortos e feridos em Fortaleza. (Foto: Infográfico: Karina Almeida/G1)

Conforme testemunhas relataram a policiais, vários homens armados em três veículos dispararam em que viam pela frente.

Além das pessoas que morreram, pelo menos outras 18 ficaram feridas no tiroteio dentro do clube. No dia do crime, o governador do Ceará, Camilo Santana, classificou o ato como "selvagem e inaceitável".

"Determinei rigor absoluto nas investigações e busca incessante dos criminosos, para que todos os envolvidos sejam identificados e presos o mais rápido possível. Não aceitaremos de forma alguma que esse tipo barbárie fique impune", escreveu o governador.

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