Bebê que nasceu com má formação rara em ambulância ainda respira com ajuda de aparelhos em MG

Bebê que nasceu com má formação permanece internada na Santa Casa de Belo Horizonte (Foto: PM/Divulgação)

Continua internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da Santa Casa de Belo Horizonte a bebê que nasceu com má formação em uma ambulância, entre João Pinheiro e Bonfinópolis de Minas, no Noroeste do Estado, no dia 10 de fevereiro.

De acordo com o boletim médico divulgado nesta quinta-feira (1°) pelo hospital, a paciente encontra-se em tratamento de uma infecção generalizada, respirando com ajuda de aparelhos e fazendo uso de antibióticos e medicamentos de suporte cardiológico.

Segundo a equipe de cirurgia pediátrica da unidade, depois da realização de exames foi constatado que a criança tem má formação do aparelho digestivo e urinário.

Além disso, ela foi diagnosticada com hidrocefalia, que é o acúmulo de líquido no crânio, causando aumento na pressão intracraniana sob o cérebro, o que pode gerar lesões no tecido cerebral, como o aumento e inchaço do crânio.

Bebê com gêmeo parasita nasce em ambulância em MG

Parto dentro de ambulância

O parto normal foi realizado no último dia 10 de fevereiro por uma médica, dentro de uma ambulância. A mãe da criança, de 20 anos, estava com 35 semanas de gravidez e iria dar à luz no Hospital Municipal Antônio Carneiro Valadares, em João Pinheiro.

Depois da constatação do problema com a menina, o hospital de João Pinheiro solitictou transferência para a Santa Casa, em Belo Horizonte. A bebê foi transportada para a unidade em uma aeronave da Polícia Militar (PM).

De acordo com informações do médico que recebeu a bebê no hospital em João Pinheiro, Lucas Alves Pacheco, em um ultrassom realizado em Bonfinópolis seria possível diagnosticar excesso de líquido amniótico na placenta, porém a má formação só foi constatada depois que a bebê nasceu. O hospital de Bonfinópolis afirmou que não realiza pré-natal.

Má formação

A má formação da criança é conhecia como “gêmeo parasita”. Nestes casos, a mãe deveria ter um gêmeo, mas o outro bebê nunca se desenvolveu completamente e, em vez disso, se fundiu com ela no útero, em um fenômeno no qual o feto que não se desenvolve e acaba encapsulado dentro do outro.

No caso da bebê, toda a parte superior do corpo é formada, mas das genitálias para baixo os órgãos se misturaram com o início formação de um “gêmeo”.