Moradores de um trecho no final da Avenida Germano Silva Souza, no bairro São Lázaro, na Zona Norte de Macapá, permanecem sem respostas em relação a um bueiro aberto e transbordando na via há mais de três meses. Governo e prefeitura não chegam a um consenso sobre de quem é a responsabilidade do serviço.
A preocupação de quem vive na região aumentou com a chegada do período de chuvas, de acordo com moradores, em razão da proliferação de bichos e riscos de doenças. A vizinhança bloqueou a avenida com entulho, madeira, pneus e carcaças de eletrodomésticos. Parte de uma cerca de madeira também foi usada para impedir a passagem de veículos.
“Nesse monte de lixo tinha um enorme buraco, que foi aterrado, bem aonde fica o bueiro. Tem que resolver de vez. Aqui dá rato, mosquito, mosca, sapo para todo o lado. A gente corre risco de pegar doença feia”, reclama a aposentada Leonice Neves de Brito, de 76 anos, moradora há 15 anos do bairro.
No dia 30 de janeiro o G1 publicou a reclamação de moradores. A Secretaria Municipal de Obras (Semob) disse que ia encaminhar equipe para avaliar e corrigir o problema. Em novo contato, o órgão informou que os técnicos estiveram no lugar, mas que pelo fato do serviço necessário para resolver o problema ser grande, não dispõe de recursos e nem de materiais para a execução.
O município também alega que a responsabilidade é do governo do Amapá, que iniciou uma obra de mobilidade na via e não terminou.
Em nota, a Secretaria de Transportes do Estado (Setrap) informou que “a Avenida Germano Silva Souza não faz parte do plano de mobilidade urbana do governo do Estado e que os serviços de recuperação da via são de responsabilidade do município”.
Enquanto providências não são tomadas, as crianças também sofrem. A dona de casa Deisiane Corrêa, de 28 anos, tem duas filhas, de 3 e 5 anos, e diz proibir as meninas de irem brincar na frente de casa, que fica a menos de 10 metros da vala a céu aberto.
“Eu evito deixar minhas filhas saírem para a rua, até na calçada. Elas ficam em casa, tem muito mosquito nesse entulho. A água entra em casa quando chove e essa vala traz toda essa imundice junto. Cansamos de pedir ajuda e nada é feito”, conta.
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