cabrança (Foto: Reprodução/TV Amapá)
A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) informou que prorrogou para até 13 de janeiro o prazo da campanha de negociação de dívidas de 2016. Inicialmente, o prazo era até 30 de dezembro. Durante o ano, a empresa acumulou R$ 42 milhões em inadimplência de setores comerciais, industriais e residenciais, excluindo os débitos de órgãos públicos, informou a CEA.
Segundo a companhia, clientes que optarem pelo pagamento do débito à vista terão maiores descontos. Quem escolher o parcelamento terá descontos de 100% no valor dos juros e multas e, como entrada da negociação, o consumidor vai poder pagar apenas as duas últimas faturas de energia do imóvel. O financiamento pode ser de até 60 vezes.
A companhia informou que em 2016 melhorias no sistema elétrico não foram realizadas em virtude do alto índice de inadimplência. Um levantamento da CEA apontou que, em dez anos, a inadimplência somou mais de R$ 250 milhões, apenas referindo-se às classes residenciais e comerciais.
De acordo com a chefe do departamento de vendas da companhia, Chiara do Carmo, a campanha foi prorrogada por causa da grande procura durante o mês de dezembro. Ela disse que a expetativa foi superada com cerca de 300% de negociações efetuadas, o que representa aproximadamente R$ 3 milhões em arrecadação.
vendas da CEA (Foto: Jorge Abreu/G1)
Chiara ressaltou que a companhia vai adotar uma medida mais incisiva de cobrança. Ela prevê uma programação de cortes de energia em larga escala, com cerca de 50 mil cortes por mês. Segundo ela, a média mensal antes da medida era de 5 mil cortes.
“De fato, a inadimplência aumenta porque não cobramos os clientes de forma incisiva. Em um novo momento, a CEA vai cortar a energia de todos que não estiverem com pagamento em dia. Estendemos a campanha para que o cliente se regularize e não tenha a sua energia cortada”, reforçou.
O pizzaiolo José Luiz Marques, de 29 anos, e a mulher dele foram à sede da companhia em Macapá para negociar a dívida de 2016 e questionar uma cobrança, que, para eles, é duvidosa. O casal informou que em 2016 foram cobrados R$ 952 em uma conta de energia referente a janeiro, sendo que em outros meses o valor não ultrapassa R$ 20.
Surpresos com o nome de Marques no Serasa, o casal foi em busca de resposta. Eles disseram que viajam com frequência para o interior do estado a trabalho, e que pouco residem em Macapá, onde é cobrada a taxa.
A CEA informou que em muitas situações há acúmulo em consumo de até três meses, o que é cobrado em um único talão de pagamento. Mas, a companhia ressaltou que a reclamação será analisada e, em caso de erro, o valor será corrigido.
“Viemos saber por que em apenas um mês a conta de energia é mais de R$ 900. É um absurdo essa taxa. Mesmo minha energia cortada, ainda vem um talão no valor de R$ 102, no mês em que a casa ficou fechada. Em caso de demora na solução desse problema, vamos procurar o Procon”, disse Marques.
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