domingo, 1 de janeiro de 2017

Economista dá dicas para equilibrar contas e ficar no 'azul' em 2017

Cédulas de real e uma calculadora ao lado de contas. notas, dinheiro, reais, cotação, câmbio, valor, economia, crise, pobreza. -HN- (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)Economista deu dicas para equilibrar as contas e pagas as dívidas no ano novo (Foto: Marcos Santos/USP Imagens/Arquivo)

O começo do ano é uma boa oportunidade para colocar as pendências no papel e pensar em soluções para driblar a crise que afeta o país. Diante disso, o G1 conversou com o economista e pesquisador da Universidade Federal de Roraima (UFRR) Dorcílio Erik e juntou dicas para ajudar a organizar e equilibrar o orçamento em 2017.

Segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), Boa Vista é a capital com mais famílias inadimplentes do Brasil. Os dados foram divulgados na sexta edição da Radiografia do Crédito e do Endividamento das Famílias Brasileiras.

Na capital, 44% das famílias possuem dívidas em atraso. Além disso, 82% das famílias possuem dívidas. Segundo Dorcílio, o número se justifica pois como a maioria das famílias na capital são servidores públicos, o acesso a crédito é maior.

Para se tornar uma pessoa mais 'educada financeiramente' no ano novo, confira as dicas e observações do profissional:

2017 ainda é ano de crise
O economista afirma que é preciso ter em mente que 2017 ainda será um ano de crise. Por isso, o momento não é adequado para o consumo não planejado.

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Conforme Erik, a situação econômica deve melhorar a partir do segundo semestre do novo ano.

"A partir desse período a economia deve responder às medidas tomadas pelo Governo Federal. As pessoas verão notícias de que as taxas de juros estão diminuindo e que os financiamentos estão ficando mais baratos. Esse é o sinal de que o consumo é novamente incentivado".

Identificar custo de vida
Para sair do vermelho, ou para não entrar nele, o economista indica que a primeira providência que o consumidor deve tomar é identificar o custo de vida equilibrando gastos e ganhos.

"O custo de vida não pode ser superior ou igual a renda. Deve ser menor que ela para que haja uma margem de emergência", explicou.

Orçamento ideal
A fórmula 'mágica' para o orçamento ideal existe, de acordo com Erik, e ela é simples: 30% da renda deve ser investido nas despesas básicas como luz, água, alimentação, telefone e internet. Outros 30% devem ser destinados às despesas correntes como transporte, lazer e consumo.

Mais 30% dos vencimentos devem ser investidos no pagamento de dívidas e outros 10% devem ser poupados para serem usados em momentos de gastos de emergência não programados.

Produtos derivados de açúcar estão mais caros nas prateleiras (Foto: Reprodução/TV TEM)Conforme o economista, para reestabelecer a
saúde financeira o consumidor deve primeiro
identificar o custo de vida
(Foto: Reprodução/TV TEM/Arquivo)

"Ao final do mês, você tem que somar as contas e dar 100%. Se você gastou mais, no cartão de crédito, por exemplo, já um dinheiro que você não terá no próximo mês e aí vira um ciclo", disse Dorcílio.

Dívidas prioritárias
Para quem já está no vermelho, a dica é pagar primeiro as dívidas adquiridas sem garantia, já que são as com as maiores taxas de juros.

"O consumidor deve identificar quais as dividas contraídas sem garantia, como o cartão de crédito e cheque especial. Essas devem ser pagas primeiro", afirmou Erik.

Para se livrar do juros alto vale até contrair empréstimos com taxas menores para pagar o cartão. "É uma forma de renegociar a dívida. Você pagará um juros menor e pode conseguir um prazo maior com uma parcela menor", explicou.

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