O Governo do Amazonas isolou os membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) dos outros presos em todos os 11 presídios do estado. A informação foi confirmada pelo secretário de segurança pública do Amazonas, Sérgio Fontes, após rebeliões serem registradas em três presídios de Manaus em menos de 24h.
A decisão da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) ocorreu após um motim nesta segunda-feira (2) no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) de Manaus. Ele começou poucas horas após o fim da rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que durou mais de 17 horas e resultou em pelo menos 60 mortes - considerado o maior massacre do sistema prisional do Amazonas.
Na rebelião no Compaj foram mortos presos ligados ao PCC e condenados por estupro. Segundo o secretário, a facção rival Família do Norte (FDN) comandou a rebelião, que "não havia sido planejada previamente".
Fontes afirmou que a medida de separar o PCC da FDN é cautelar, para "preservar vidas". "Temporariamente ele [secretário de Administração Penintenciária] está segregando os presos supostamente ligados ao PCC, para que não haja outras rebeliões para alcançá-los e matá-los. Isso é totalmente coreto, para que não tenhamos novas convulsões desse tipo", disse.
A Secretária de Administração Peninteciária estuda a transferência de alguns membros do PCC para a a Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus, que havia sido desativada em 2016.
"A Vidal Pessoa não vai ser reativada, mas o que nós não podemos agora é nos dar ao luxo de descuidar desses presos do PCC que estão aí. Concordo com a medida. Não vai ser por muito tempo. Vai ser apenas tempo suficiente para destinar presos a um local seguro, e eu acho que é uma medida de cautela que é importante, importante para preservar a vida dessas pessoas e preservar a ordem nesse momento", completou.
Rebeliões
A rebelião no CDPM ocorre poucas horas após o fim do motim no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que durou mais de 17 horas e resultou em pelo menos 60 mortes – segundo o secretário estadual de Segurança, Sérgio Fontes, o "maior massacre do sistema prisional do Amazonas".
Tanto o Compaj quanto o CDPM estão localizados na BR-174, que liga Manaus a Boa Vista (RR). No domingo (1º), a Seap registrou rebelião e fuga de 87 presos no Ipat. De acordo com o governo, a ocorrência tem relação com a rebelião no Compaj.
Na rebelião ocorrida no Compaj, foram mortos presos ligados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e condenados por estupro. Segundo o secretário, facção rival Família do Norte (FDN) comandou a rebelião, que "não havia sido planejada previamente". "Esse foi mais um capítulo da guerra silenciosa e impiedosa do narcotráfico", afirmou.
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