terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Vídeo mostra 500g de camarão virarem água após descongelamento

Um vídeo gravado pela dona de um restaurante da orla de Macapá mostra que mais da metade do quilo de camarão rosa pelo qual ela pagou correspondia a gelo. A pesagem do alimento congelado somava 1,035 quilo e, após um rápido descongelamento, restaram 540 gramas do produto.

Peso, perda, descongelamento, camarão rosa, amapá, macapá, (Foto: Elaine Vieira/Arquivo Pessoal)Peso inicial atestava 1,035 quilo de camarão congelado; perda foi de mais de 50% (Foto: Elaine Vieira/Arquivo Pessoal)

A imagem feita pela empresária vai compor, segundo ela, uma denúncia da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-AP), com situações semelhantes em casos de alimentos congelados. A denúncia deve ser formalizada nesta terça-feira (14) ao Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) do Amapá.

O vídeo foi gravado no dia 30 de janeiro por Elaine Vieira, de 48 anos. Segundo ela, na situação mostrada no vídeo, o restaurante perdeu mais de 60% da compra. Eles pesam o camarão na chegada, fazem o tratamento com descongelamento e retirada da casca e depois pesam novamente. O serviço, de acordo com Elaine, identifica a perda para gerar o preço do prato final.

Peso, perda, descongelamento, camarão rosa, amapá, macapá, (Foto: Elaine Vieira/Arquivo Pessoal)Quilo do camarão rosa foi comprado a R$ 55, diz
empresária (Foto: Elaine Vieira/Arquivo Pessoal)

“A gente percebeu que não rendia o quanto a gente pensava que rendia. Então resolvemos filmar para as pessoas terem a consciência do que a gente passa. Quando chegou o produto, tinha um quilo, o menino descongelou rapidamente, e pesamos de novo e ele quebrou 60% só com gelo. Com a casca a gente perdeu mais 50 gramas. Isso é um absurdo, porque mais da metade do produto a gente perdeu em água e casca. O normal seria até 30% de água”, comentou Elaine.

O produto veio lacrado da fábrica e o quilo foi comprado ao preço de R$ 55, segundo Elaine, que atua há 20 anos no mercado de restaurantes. A empresária falou que percebe esse desperdício há mais de um ano. De acordo com ela, a situação se repete com outras marcas que também comercializam alimentos congelados.

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“Eu me sinto lesada. Acabo acumulando o prejuízo, porque não posso repassar esse valor para o meu cliente. Senão, o cliente vai acabar não indo mais às nossas casas, de tão caro. Todo mundo sofre com isso. Os colegas que não pesavam para ver a perda, começaram a fazer isso”, disse Elaine.

A Abrasel-AP informou na segunda-feira (13) que vai formalizar a denúncia no Procon nesta terça-feira, mostrando o produto adquirido por Elaine e outros, com exemplos com frangos, perus, chesters e até mesmo peixes congelados, onde mais da metade do produto adquirido é composto por gelo ou outras substâncias que apenas contribuem para o peso.

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